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14 de abr. de 2015

Os Planetas do Sistema Solar - Terra

O planeta da Vida! Um mundo dinâmico, abundante em água no estado líquido e superfície em constante mudança. 

Imagem da Terra registrada pelo satélite Suomi NPP. 

História 
Não sabemos ao certo a origem do nome do nosso planeta. Para os astrônomos gregos, o planeta era conhecido por Gaia (Titã  que representava a fertilidade). Após a derrota dos Titãs pelo deus do Olimpo ZeusHera passou a representar a fertilidade, porém o nome do planeta Terra continuou o mesmo. Na mitologia Romana, adotaram o nome Terra em homenagem à deusa do solo fértilTellus. 

Observações 
Com o avanço tecnológico, a curiosidade e a necessidade de mais conhecimentos sobre o planeta onde vivemos, foram enviados à orbita diversos satélites. Entre eles  esta o primeiro satélite meteorológico do mundo, enviado nos anos 50 pela NASA pelo projeto TIROS - Satélite de Observação de Televisão Infravermelho. O LANDSAT, também pioneiro na observação terrestre, lançado em 1972 trouxe dados essenciais sobre o planeta. e atualmente o programa Earth Science Enterprise, lançou e coordena 19 satélites em órbita que observam mudanças da Terra e suas consequências, o EOS (Sistema de Observação da Terra). 

Atmosfera 
Camada fina de gás que envolve a Terra, rica em oxigênio e nitrogênio, a atmosfera estende-se por cerca de 500 quilômetros acima da superfície, mas a maior parte esta a menos de 16 quilômetros do planeta. 
Essa camada gasosa bloqueia a passagem da maior parte da radiação ultravioleta proveniente do Sol, impedindo-a de atingir a superfície terrestre e também é responsável por evitar temperaturas extremas no nosso planeta. A pequena quantidade de dióxido de carbono na atmosfera gera o  conhecido efeito estufa, ao contrário do que algumas pessoas imaginam, ele não é o vilão do nosso planeta, mas sim fundamental para a manutenção da vida na Terra, sem ele, a temperatura  global cairia suficiente para congelar os oceanos. Mas como qualquer excesso é prejudicial, ao produzimos dióxido de carbono, contribuímos para o aumento do efeito estufa e como consequência o aumento da temperatura global. | Na imagem: atmosfera terrestre. Por ser gasosa, o limite entre o topo da atmosfera e o resto do espaço não é bem definido.

Estrutura 
A Terra é um planeta rochoso, com superfície sólida de inúmeras montanhas, vales, cânions, planícies, e outras geomorfologias que variam de acordo com o clima e localização. Uma característica marcante do nosso planeta, é o grande volume de água, que corresponde a cerca de 70% da superfície terrestre. 

O interior de planeta é dividido em camadas. A superfície é coberta por água e placas continentais, que flutuam no manto terrestre subjacente parcialmente derretido, que fica acima do manto rochoso sólido e o núcleo central, formado por ferro e níquel, quente e denso. | Na imagem: desenho representativo da estrutura interna do planeta Terra.

Órbita 
Com diâmetro de 12.756 quilômetros, o planeta Terra tem seu dia com 23 horas 56 minutos 4 segundos de duração, o tempo gasto para completar o movimento de rotação (uma volta em torno de si mesma). A distância média do Sol é de 149,6 milhões de quilômetros ou uma unidade astronômica (UA). A translação do planeta possui trajetória elíptica e leva 365 dias, 5 horas 48 minutos 45,97 segundos para completar o movimento à 107244 quilômetros por hora, conhecido como ano terrestre. 

Satélite Natural
Único satélite natural do planeta Terra, a gravidade da Lua atrai a Terra, fazendo os oceanos dos dois lados do planeta se abaularem, produzindo as marés. Como as forças de maré tornam a rotação da Terra mais lenta, a Lua se afasta do nosso planeta cerca de 3 centímetros por ano.

Aurora Boreal e Austral 
A entrada de partículas de vento solar na atmosfera superior e a interação do campo magnético da Terra podem produzir fantásticas aparições no céu noturno, conhecida como aurora boreal ou aurora austral 

Ao entrar na atmosfera terrestre, as partículas de vento solar colidem nos íons de oxigênio e nitrogênio e transferem para eles sua carga de energia. Ao voltar para suas órbitas originais, os elétrons nos átomos de oxigênio e de nitrogênio irradiam energia em forma de luz. Essa luz produz a aurora, e as diferentes cores provêm da irradiação dos diferentes íons. 

Esse fenômeno ocorre nos pólos terrestres, no Norte é conhecido como aurora Boreal, já no Sul recebe o nome de aurora Austral.

Imagem capturada no Canadá, Aurora Boreal. 


Fontes: Aurora BorealImagem Estrutura InternaAtm Revolution, Livro: Guia Ilustrado Zahar Astronomia (Ian Ridpath)

31 de mar. de 2015

Os Planetas do Sistema Solar - Mercúrio

Um planeta ainda pouco explorado, o menor do Sistema Solar, um mundo seco, rochoso e cheio de crateras. Mercúrio sente o intenso calor solar durante o dia, mas tem a mais frágil das atmosferas e noites gélidas.

Imagem do planeta Mercúrio enviada pela sonda Messenger.
Fonte: Site G1.

História


Além de ser o deus da venda, lucro e comércio, Mercúrio na mitologia romana era responsável por levar as mensagens de um deus para o outro, provavelmente, o planeta Mercúrio recebeu esse nome por ser o mais rápido do Sistema Solar. Antes do século IV a.C, astrônomos gregos consideravam Mercúrio como dois objetos distintos: um visível antes do nascer do Sol chamado de Apolo e outro visível após o pôr-do-sol, chamado Hermes.

Comparado aos outros planetas do Sistema Solar, sabemos pouco sobre Mercúrio. Apenas duas sondas foram enviadas para explorar o planeta, a primeira foi Mariner 10 entre 1974 à 1975 que mapeou cerca de 45% da superfície do planeta. Mais de 30 anos depois, a sonda Messenger estuda o planeta, desde 2008 e já enviou mais de 200 mil fotos de Mercúrio.

Movimento e Temperatura


Mercúrio é o planeta que leva menos tempo para completar uma volta em torno do Sol, em um ano terrestre o planeta completa cerca de 4 translações. O movimento de rotação de Mercúrio está diretamente ligado com o período orbital, ele gira uma volta e meia a cada órbita. O tempo gasto para completar o movimento de rotação é de 59 dias terrestres. Para cada duas voltas em torno do Sol, Mercúrio completa 3 voltas em si mesmo.

Mesmo sendo o planeta mais próximo ao Sol, ele não é o mais quente. A variação de temperatura na sua atmosfera é muito alta: pode ir dos 427°C durante o dia a -180°C à noite. Algumas crateras na superfície do planeta são tão profundas que não recebem diretamente luz solar, cientistas acreditam na possibilidade de gelo no solo do planeta.


Estrutura e atmosfera


Estrutura de Mercúrio.
 Fonte: Enciclopédia do Espaço
 e do Universo, DK Multimedia
O interior de Mercúrio é extremamente denso comparado a outros planetas rochosos. Seu núcleo é rico em ferro e possui cerca de 73% do seu volume. Em volta do núcleo, há um manto rochoso que provavelmente foi líquido e sofria com fortes erupções vulcânicas há bilhões de anos atrás. Hoje, o manto rochoso esfriou, solidificou e as erupções cessaram.

Sua superfície é coberta por milhares de crateras de impacto formadas por choques com meteoritos, algumas com centenas de quilômetros de comprimento e quase três de altura. Provavelmente o choque de um corpo com cerca de 100km de diâmetro atingiu o planeta e ondas de choques deformaram a superfície oposta ao impacto criando a bacia de Caloris, que abrange cerca de um quarto da superfície de Mercúrio. O site do canal National Geographic Channel,
divulgou um vídeo retratando a bacia de Caloris com base nos dados da sonda Messenger e detalhes do seu surgimento, para assisti-lo Clique Aqui.

Mercúrio tem uma atmosfera muito fina e temporária, já que varia à medida que perde gases e é reabastecida. Sua atmosfera é constituída de elementos expulsos da sua superfície como sódio junto com hélio do vento solar.

Observação


Mercúrio tem fases como a Lua, mas é difícil vê-lo por não se afastar do Sol. Por refletir luz solar e estar relativamente próximo à Terra, conseguimos observar o planeta em dois momentos:  antes do nascer do Sol ou após o pôr-do-sol, mas em períodos que está mais distante do Sol, a observação é mais fácil. 

A foto abaixo é de maio de 2013, período em que foi possível ver a olho nu Mercúrio Vênus, e Júpiter "próximos" do ponto de vista de um observador na Terra. Esta aparente aproximação, não passa de uma ilusão de perspectiva onde os planetas mesmo distantes uns dos outros parecem vizinhos em decorrência da conjunção.
Mercúrio, Vênus e Júpiter.
Fonte: Site Observatório astronômico de Lisboa.

Fonte: Observatório astronômico de LisboaG1Astronomia On-LineNatgeotv, Livro: Astronomia, Autor Ian Ridpath.

11 de mar. de 2015

Guia do Astrônomo Amador Iniciante – Telescópio e próximos passos



O que você sabe sobre montagem de telescópios?

No post de hoje concluímos as orientações iniciais para quem deseja adquirir um telescópio, falando dos tipos de montagens existentes. Mais uma vez, chamamos sua atenção para estar sempre atento à sua real necessidade, de forma que faça aquisições que aliem custo x benefício/uso.


Chamamos de MONTAGEM para telescópio à estrutura destinada a sustentação do tubo e os demais acessórios ópticos que compõem o telescópio. Um iniciante que compra seu primeiro telescópio se preocupa em adquirir um instrumento que apresente boas imagens e principalmente um grande aumento, deixando de lado este componente muito importante. Uma montagem que possui uma estrutura muito leve faz com que qualquer toque ou mesmo uma leve brisa produza uma vibração que pode persistir por alguns segundos prejudicando a visão dos objetos. Uma boa montagem deve apresentar uma estrutura forte, robusta e proporcional com as dimensões do tubo. Existem dois tipos distintos de montagens: a azimutal e a equatorial. No caso da montagem equatorial existem diversos tipos e a mais conhecida é a montagem equatorial alemã.

A montagem equatorial possui dois eixos ortogonais entre si, ou seja, formando um angulo de 90 graus. Um desses eixos, chamado de eixo de ascensão reta ou polar, é posicionado de forma paralela ao eixo de rotação da Terra permitindo assim o acompanhamento dos astros por meio de um único movimento.

O outro eixo chamado de declinação é colocado perpendicularmente ao eixo polar. Esse tipo de montagem apresenta uma construção bem mais complexa que a azimutal, pois exige grande precisão nos eixos, no sistema de engrenagens e motorização.


A montagem deve ser sustentada por uma estrutura bem robusta e pesada como tripés apropriados ou mesmo pedestais fixados ao solo. Para funcionar corretamente a montagem deve apresentar um posicionamento preciso com o eixo polar voltado para o sul ( para os países do hemisfério sul ) e a inclinação do eixo de ascensão reta correspondente com a latitude no local. Esta montagem também trabalha com círculos graduados ( ascensão reta e declinação ) que permitem a localização de objetos por meio de coordenadas.




Na montagem azimutal o telescópio gira em torno de um eixo vertical que faz com que o tubo realize um movimento paralelo ao horizonte. A montagem apresenta também um outro eixo na posição horizontal que permite um movimento de altura. Esse tipo de estrutura normalmente é montada sobre um tripé simples o que a torna uma montagem leve e de fácil manuseio. A montagem dobsoniana, muito usada em newtonianos, é um bom exemplo de montagem azimutal simples. A dobsoniana é uma montagem de fácil construção, pois sua estrutura é toda feita em madeira. Mas essa montagem apresenta algumas limitações para fins astronômicos, pois ela não acompanha o movimento aparente dos astros ( provocado pela rotação da terra ). Para acompanhar um determinado astro é preciso acionar ambos os movimentos. Por esses motivos a montagem azimutal é usada principalmente em observação visual.



A montagem forquilha também é muito utilizada em observatórios e por astrônomos amadores. Esta montagem possui uma estrutura de dois braços semelhante à letra "U" e o tubo do telescópio é colocado entre esses braços. O tubo faz o movimento de declinação dentro da forquilha e na base dessa estrutura encontra-se o eixo polar com o sistema de engrenagens, motor e inclinação compatível com a latitude local.

Esta montagem pode ser feita com tripés ou em estruturas mais robustas e pesadas como é o caso da montagem chamada disco polar que é usada com mais freqüência em telescópios profissionais e de grande porte. Neste caso toda a estrutura da montagem é apoiada diretamente no chão e com isso é preciso deixar o telescópio fixo no local e protegido por uma cúpula ou outro tipo de estrutura.
Montagens altazimutais não computadorizadas são uma opção mais barata, mas não são ideais para a visualização de objetos no espaço profundo. Montagens altazimutais computadorizadas são capazes de usar coordenadas e ser apontadas precisamente em direção a um determinado objeto no céu.

As montagens equatoriais são capazes de rastrear objetos em relação à rotação da Terra, o que é necessário para a visualização de objetos fracos e distantes no tempo. Este movimento pode ser feito manualmente ou por meio de um motor. O custo adicional associado às montagens equatoriais pode ser mais do que o necessário para a maioria dos astrônomos iniciantes.



A principal característica da montagem equatorial tipo chassi são dois braços paralelos entre si responsáveis pela sustentação de toda a óptica. O tubo é colocado entre os dois braços realizando o movimento de declinação. Nas extremidades dos braços encontramos as estruturas que proporcionam à montagem a inclinação necessária para que o movimento de acompanhamento se processe de forma correta. Essa inclinação é feita de acordo com a latitude do local onde o telescópio é instalado. Por ser uma montagem pesada, complexa e de grandes dimensões a montagem tipo chassi é encontrada com freqüência em grandes observatórios sendo pouco popular entre os amadores. Um bom exemplo de telescópio com essa montagem é o telescópio de monte Wilson.

Por último, a montagem equatorial tipo berço, que possui muitas semelhanças com a montagem em chassi. Esta montagem também possui os mesmos braços que suportam o tubo e os componentes ópticos. Temos também as estruturas que dão à inclinação ideal para o movimento de acompanhamento. A principal diferença é que este tipo de montagem possibilita a observação de astros próximos ao pólo celeste. Na montagem tipo chassi os dois braços são separados por uma barra que impede de apontar o telescópio para a região polar. Este problema foi resolvido na montagem tipo berço com a colocação de uma barra com forma semelhante a uma ferradura. Um exemplo clássico dessa montagem é o grande telescópio Hale de Monte Palomar.




Próximos Passos

Qualquer pessoa pode possuir um telescópio extravagante, mas saber como usá-lo corretamente é o que torna alguém um bom astrônomo. Aprender a identificar as constelações e utilizá-las como pontos de referência para encontrar outros alvos é extremamente importante e vai demandar algum esforço, mas não é demasiado complicado ou impossível, mesmo para jovens observadores do céu.

Se você está começando agora, pode ser extremamente útil se juntar a um clube de astronomia local e ter alguém com experiência para demonstrar como usar os recursos do telescópio e ajudar a localizar alvos no céu. Astrônomos amadores experientes também podem ajudar a explicar os fatores ambientais que podem influenciar na observação, tais como alta umidade. Além disso, adquirir algum conhecimento inicial irá te ajudar a compreender todas as questões técnicas que comentamos nos posts anteriores, e certamente te dará uma orientação melhor antes de adquirir qualquer equipamento.

Além disso, existem muitos livros voltados para astrônomos iniciantes de todas as idades, que introduzem os conceitos básicos necessários para navegar no céu noturno. Livros sozinhos não são substitutos para a experiência prática adquirida com o aprendizado com um grupo em um clube de astronomia, mas eles são suplementos fantásticos.

Se interessou e não sabe por onde começar? Temos boas notícias!

Você pode SEMPRE participar com a gente nos Domingos Astronômicos, eventos que promovemos periodicamente no CEFET-Timóteo. Basta ficar atento ao blog. Divulgaremos sempre por aqui as datas dos eventos. A entrada é gratuita, e nossos telescópios estarão à sua espera. Assim você pode “experimentar” o céu antes de adquirir seus próprios equipamentos.

Se você é aluno de escola pública ou particular aqui no Vale do Aço, pode também pedir ao seu professor de Física/Ciências que agende uma visita ao projeto Astronomia no Vale do Aço. Essa visita também é gratuita e com uma grande vantagem: o atendimento será totalmente voltado para você e sua turma.

Se você é professor aqui no Vale do Aço ou em qualquer outro lugar, sinta-se convidado para trazer seus alunos também. Entre em contato com a gente para agendarmos uma visita!

E, se você é aluno de ensino médio ou curso superior e tem interesse de participar de um grupo de estudos em astronomia, fique atento! Em breve vamos abrir chamada para participação no nosso grupo de estudos!

Até a próxima, pessoal!

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Texto produzido pelo aluno João Carlos, bolsista do Astronomia no Vale do Aço. Orientado e complementado por Ludmila Deslandes, voluntária do projeto.
Informações acerca das montagens de telescópios reproduzidas desde telescopiosastronomicos.com.br
Outras informações: IFLS

4 de mar. de 2015

Guia do Astrônomo Amador Iniciante – Telescópio (Parte 2)


Você sabia que telescópios ópticos diferem na maneira como coletam a luz e formam uma imagem? Isso faz com que cada um tenha prós e contras, e isso só pode ser avaliado sabendo qual a necessidade de quem vai usá-lo para observação.
Acompanhe o artigo com a gente, e depois nos conte: qual o melhor telescópio para o seu uso?

Telescópio Refrator
Telescópios refratores têm sido utilizados desde o início dos anos 1600 e têm um formato bastante tradicional. Uma lente objetiva desvia a luz através de um tubo fechado e uma lente ocular endireita a imagem para fora do outro lado, fazendo com que pareça clara. Telescópios de refração são bem conhecidos por oferecer um grande detalhe quando se olha para a lua e os planetas.
Devido ao fato de as lentes serem fixas dentro de um tubo selado, a poeira não entra, o que elimina a necessidade de retirar as lentes para limpeza. Isso reduz drasticamente a quantidade de manutenção necessária nos cuidados com o equipamento. Além disso, isto dá ao telescópio um pouco mais de durabilidade, pois as lentes não mudam de lugar ou precisam ser colimadas antes da utilização.
Prós: baixa manutenção, detalhes nítidos em objetos brilhantes, pode ser usado para ver através de grandes distâncias em terra.
Contras: Mais caro em relação ao tamanho da abertura, tamanho menor da abertura, não é bom para visualização profunda do céu ou visualização de objetos com pouco brilho.



Refletor
Telescópios refletores criam imagens permitindo que a luz entre através da abertura em uma extremidade do tubo e seja conduzida por um espelho curvo primário no lado oposto até um espelho secundário plano, perto da abertura, onde é amplificada e dirigida para a ocular. Eles geralmente têm aberturas maiores do que os refratores, permitindo-lhes ver objetos mais fracos.
Existem muitos tipos diferentes de telescópios refletores, com diferentes configurações para o espelho secundário e a ocular. Eles são um pouco menores do que os telescópios refratores, tornando-os mais fáceis de transportar. Além disso, eles podem ser facilmente montados para visualização segura, resistente. Telescópios Dobsonianos são relativamente grandes, mas produzem imagens surpreendentes.
Prós: Abertura grande, tamanho de abertura mais barato, fácil de transportar, estável.
Contras: Óticas terão de ser limpas, os espelhos podem ficar desalinhados.


Catadióptricos
Telescópios catadióptricos são híbridos de refletores e refratores, usando lentes e espelhos para criar uma imagem. A luz passa primeiro através de uma lente corretora antes de ser refletida pelo espelho curvo primário em um espelho plano secundário, e, em seguida, para a ocular. Isto basicamente "dobra" a ótica, permitindo que uma imagem incrivelmente detalhada possa ser produzida num espaço relativamente pequeno. O tubo fechado diminui a quantidade de poeira que entra, mas, ocasionalmente, precisam ser limpos.
Existem dois tipos principais de telescópios catadióptricos: Schmidt-Cassegrain e Maksutov-Cassegrain. Maksutov usa uma lente mais espessa e espelho secundário menor do que os telescópios Schmidt. Embora isso torne-os um pouco mais pesados, produzem uma imagem ligeiramente mais nítida.
Prós: poeira Interna minimizada, grande abertura, ótimos para astrofotografia.
Contras: As lentes precisam ser colimadas, mais caro do que os refletores.


No próximo post falaremos sobre montagens de telescópios e daremos dicas sobre os próximos passos para quem está ansioso para começar a observar o céu! 

Você pode se cadastrar para receber diretamente em seu e-mail os nossos posts. Basta preencher seu e-mail na Newsletter do blog! Acompanhe também a nossa página no Facebook

Até a próxima, pessoal!


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Texto produzido pelo aluno João Carlos, bolsista do Astronomia no Vale do Aço

Fontes:
http://www.telescopiosastronomicos.com.br/
http://www.iflscience.com/space/beginner-s-telescope-buying-guide

12 de fev. de 2015

Guia do Astrônomo Amador Iniciante – Telescópio (Parte 1)


No post anterior do Guia, comentamos que nem todo mundo pode investir inicialmente em um bom telescópio. Mas, se cabe no seu orçamento, ou se você já está fazendo um pé de meia para adquirir um, o post de hoje traz dicas valiosas.

Você saberia dizer o que é importante observar na hora de escolher um telescópio? Encontramos algumas dicas que podem ser úteis.

Abertura

Primeiro e mais importante aspecto a considerar na compra de um telescópio, segundo nossa pesquisa, é a abertura do equipamento, que é o diâmetro da lente ou espelho do telescópio que irá coletar a luz. Quanto maior a abertura, mais luz pode ser recolhida, e mais brilhante e nítido o céu aparecerá.

No entanto, não é tão simples como dizer que "o maior é melhor", porque uma abertura maior resultará em um telescópio maior. Se o telescópio é maior, é pesado demais para ser retirado e usado muitas vezes. Alguém que vive em uma cidade e que precise transportar o telescópio para regiões mais afastadas para observar, por exemplo, provavelmente vai ser melhor atendido com algo menor, mais leve e mais fácil de se mover.

Quão grande os objetos vão aparecer no telescópio vai depender do ajuste que será feito com oculares, que, como as lentes de uma câmera fotográfica, podem ser trocadas de acordo com a necessidade. Apesar de a própria abertura não fazer qualquer aumento sozinha, ela irá definir qual ocular é mais adequada a ela.


Campo de Visão

O campo de visão, ou a largura do que pode ser visto através do telescópio, pode ser calculado com base nas características do equipamento. O poder de alcance do telescópio será um cálculo de sua distância focal dividida pelo alcance focal da ocular.

Onde:  A = aumento
             F = distância focal da objetiva do telescópio
             f = distância focal da ocular 

Ex: Qual o aumento de um telescópio com objetiva de 1200 mm de distância focal e uma ocular de 10 mm de distância focal?

Colocando os dados na fórmula:
A = 1200 / 10
Resultado
A = 120 X

O aumento máximo útil determina a maior ampliação que um telescópio pode oferecer sem prejudicar a qualidade das imagens. Quanto maior o diâmetro da objetiva maior será o aumento máximo que pode ser obtido.

Onde: Amax = aumento máximo útil
D = diâmetro da objetiva do telescópio

Ex: Qual o aumento máximo de um telescópio com objetiva de 150 mm?
Fórmula : Amax = D x 2.5 

Colocando os dados na fórmula:
Amax = 150 x 2.5
Resultado
Amax = 375 X

O aumento máximo útil só pode ser utilizado com astros de brilho mais elevado como a Lua, Júpiter e Vênus. A observação de objetos de fraco brilho com esta ampliação provoca o escurecimento da imagem com a perda de detalhes. Por isso é tão importante que você defina qual uso inicial você quer dar ao telescópio. 


Alimentação/Ampliação

Oculares vêm em uma variedade de tamanhos e devem ser selecionadas depois de comprar um telescópio. É extremamente importante se certificar de que a ocular vai encaixar no equipamento, ter o comprimento focal adequado, e proporcionar a melhor visão possível.

Enquanto pode ser altamente desejável usar uma ocular com a maior ampliação possível, a fim de ver mais detalhe de um objeto no céu, a abertura do telescópio define um limite para o que pode ser visto com precisão. Geralmente, 50x por polegada da abertura é o poder de ampliação máximo recomendado.

Exceder isso irá resultar em objetos que aparecem borrados, o que pode ser bastante frustrante. A qualidade do sistema óptico também irá afetar a potência máxima que pode ser utilizada. Um telescópio pequeno e barato, em uma loja local, pode prometer aumento de 500x, mas não será capaz de fornecer o que diz e acaba como um desperdício de tempo e dinheiro.

Uma outra dica: leia com atenção a descrição técnica antes de comprar um equipamento. Veja o que diz o fabricante, procure resenhas de quem entende do assunto e já falou sobre o telescópio que você pretende comprar, assista vídeos no YouTube... quanto mais informação obtiver sobre um equipamento, sua montagem e seu uso, mais chances você tem de fazer uma boa compra e ficar satisfeito com suas observações astronômicas.

Como vocês podem observar, há muitos detalhes para serem levados em conta na hora de adquirir instrumentos para observação astronômica. Até agora já falamos sobre a relação custo x benefício, sobre adequabilidade e a importância de você saber qual o real uso que deseja dar ao equipamento, e sobre características técnicas básicas que precisam ser observadas. No próximo post falaremos sobre tipos de telescópios.

Se você tiver mais alguma sugestão a acrescentar, conte pra gente nos comentários!

Voltamos em breve com mais dicas! :)







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