Um planeta ainda pouco explorado, o menor do Sistema Solar, um mundo
seco, rochoso e cheio de crateras. Mercúrio sente o intenso calor solar durante
o dia, mas tem a mais frágil das atmosferas e noites gélidas.
Imagem do planeta Mercúrio enviada pela sonda Messenger. Fonte: Site G1. |
História
Além de ser o deus da venda, lucro e comércio, Mercúrio na mitologia romana era responsável por levar as mensagens de um deus para o outro,
provavelmente, o planeta Mercúrio recebeu esse nome por ser o mais
rápido do Sistema Solar. Antes do século IV a.C, astrônomos gregos consideravam Mercúrio como dois objetos distintos: um visível antes do
nascer do Sol chamado de Apolo e outro visível após o pôr-do-sol, chamado
Hermes.
Comparado aos outros planetas do Sistema Solar, sabemos pouco sobre
Mercúrio. Apenas duas sondas foram enviadas para explorar o planeta, a primeira
foi Mariner 10 entre 1974 à 1975 que mapeou cerca de 45% da superfície
do planeta. Mais de 30 anos depois, a sonda Messenger estuda o planeta,
desde 2008 e já enviou mais de 200 mil fotos de Mercúrio.
Movimento e Temperatura
Mercúrio é o planeta que leva menos tempo para completar uma volta em
torno do Sol, em um ano terrestre o planeta completa cerca de 4 translações. O movimento de rotação de Mercúrio
está diretamente ligado com o período orbital, ele gira uma volta e meia a cada
órbita. O tempo gasto para completar o movimento de rotação é de 59 dias
terrestres. Para cada duas voltas em torno do Sol, Mercúrio completa 3 voltas
em si mesmo.
Mesmo sendo o planeta mais próximo ao Sol, ele não é o mais quente. A
variação de temperatura na sua atmosfera é muito alta: pode ir dos 427°C durante o dia
a -180°C à noite. Algumas crateras na superfície do planeta são tão profundas
que não recebem diretamente luz solar, cientistas acreditam na possibilidade de
gelo no solo do planeta.
Estrutura e atmosfera
Estrutura de Mercúrio. Fonte: Enciclopédia do Espaço e do Universo, DK Multimedia |
O interior de Mercúrio é extremamente denso comparado a outros planetas
rochosos. Seu núcleo é rico em ferro e possui cerca de 73% do seu volume. Em volta
do núcleo, há um manto rochoso que provavelmente foi líquido e sofria com
fortes erupções vulcânicas há bilhões de anos atrás. Hoje, o manto rochoso
esfriou, solidificou e as erupções cessaram.
Sua superfície é coberta por milhares de crateras de impacto formadas
por choques com meteoritos, algumas com centenas de quilômetros de comprimento
e quase três de altura. Provavelmente o choque de um corpo com cerca de 100km
de diâmetro atingiu o planeta e ondas de choques deformaram a superfície oposta
ao impacto criando a bacia de Caloris,
que abrange cerca de um quarto da superfície de Mercúrio. O site do canal National Geographic Channel,
divulgou um vídeo retratando a bacia de Caloris com base nos dados da sonda Messenger
e detalhes do seu surgimento, para assisti-lo Clique Aqui.
Mercúrio tem uma atmosfera muito fina e temporária, já que varia à
medida que perde gases e é reabastecida. Sua atmosfera é constituída de
elementos expulsos da sua superfície como sódio junto com hélio do vento solar.
Observação
Mercúrio tem fases como a Lua, mas é difícil vê-lo por não se afastar do
Sol. Por refletir luz solar e estar relativamente próximo à Terra, conseguimos
observar o planeta em dois momentos: antes do nascer do Sol ou após o
pôr-do-sol, mas em períodos que está mais distante do Sol, a observação é mais
fácil.
A foto abaixo é de maio de 2013, período em que foi possível ver a
olho nu Mercúrio Vênus, e Júpiter "próximos" do ponto de vista de
um observador na Terra. Esta aparente aproximação,
não passa de uma ilusão de perspectiva onde os planetas mesmo distantes uns dos
outros parecem vizinhos em decorrência da conjunção.
Mercúrio, Vênus e Júpiter. Fonte: Site Observatório astronômico de Lisboa. |
Fonte: Observatório astronômico de Lisboa, G1, Astronomia On-Line, Natgeotv, Livro: Astronomia, Autor Ian Ridpath.
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