Mostrando postagens com marcador astrônomo amador. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador astrônomo amador. Mostrar todas as postagens

11 de mar. de 2015

Guia do Astrônomo Amador Iniciante – Telescópio e próximos passos



O que você sabe sobre montagem de telescópios?

No post de hoje concluímos as orientações iniciais para quem deseja adquirir um telescópio, falando dos tipos de montagens existentes. Mais uma vez, chamamos sua atenção para estar sempre atento à sua real necessidade, de forma que faça aquisições que aliem custo x benefício/uso.


Chamamos de MONTAGEM para telescópio à estrutura destinada a sustentação do tubo e os demais acessórios ópticos que compõem o telescópio. Um iniciante que compra seu primeiro telescópio se preocupa em adquirir um instrumento que apresente boas imagens e principalmente um grande aumento, deixando de lado este componente muito importante. Uma montagem que possui uma estrutura muito leve faz com que qualquer toque ou mesmo uma leve brisa produza uma vibração que pode persistir por alguns segundos prejudicando a visão dos objetos. Uma boa montagem deve apresentar uma estrutura forte, robusta e proporcional com as dimensões do tubo. Existem dois tipos distintos de montagens: a azimutal e a equatorial. No caso da montagem equatorial existem diversos tipos e a mais conhecida é a montagem equatorial alemã.

A montagem equatorial possui dois eixos ortogonais entre si, ou seja, formando um angulo de 90 graus. Um desses eixos, chamado de eixo de ascensão reta ou polar, é posicionado de forma paralela ao eixo de rotação da Terra permitindo assim o acompanhamento dos astros por meio de um único movimento.

O outro eixo chamado de declinação é colocado perpendicularmente ao eixo polar. Esse tipo de montagem apresenta uma construção bem mais complexa que a azimutal, pois exige grande precisão nos eixos, no sistema de engrenagens e motorização.


A montagem deve ser sustentada por uma estrutura bem robusta e pesada como tripés apropriados ou mesmo pedestais fixados ao solo. Para funcionar corretamente a montagem deve apresentar um posicionamento preciso com o eixo polar voltado para o sul ( para os países do hemisfério sul ) e a inclinação do eixo de ascensão reta correspondente com a latitude no local. Esta montagem também trabalha com círculos graduados ( ascensão reta e declinação ) que permitem a localização de objetos por meio de coordenadas.




Na montagem azimutal o telescópio gira em torno de um eixo vertical que faz com que o tubo realize um movimento paralelo ao horizonte. A montagem apresenta também um outro eixo na posição horizontal que permite um movimento de altura. Esse tipo de estrutura normalmente é montada sobre um tripé simples o que a torna uma montagem leve e de fácil manuseio. A montagem dobsoniana, muito usada em newtonianos, é um bom exemplo de montagem azimutal simples. A dobsoniana é uma montagem de fácil construção, pois sua estrutura é toda feita em madeira. Mas essa montagem apresenta algumas limitações para fins astronômicos, pois ela não acompanha o movimento aparente dos astros ( provocado pela rotação da terra ). Para acompanhar um determinado astro é preciso acionar ambos os movimentos. Por esses motivos a montagem azimutal é usada principalmente em observação visual.



A montagem forquilha também é muito utilizada em observatórios e por astrônomos amadores. Esta montagem possui uma estrutura de dois braços semelhante à letra "U" e o tubo do telescópio é colocado entre esses braços. O tubo faz o movimento de declinação dentro da forquilha e na base dessa estrutura encontra-se o eixo polar com o sistema de engrenagens, motor e inclinação compatível com a latitude local.

Esta montagem pode ser feita com tripés ou em estruturas mais robustas e pesadas como é o caso da montagem chamada disco polar que é usada com mais freqüência em telescópios profissionais e de grande porte. Neste caso toda a estrutura da montagem é apoiada diretamente no chão e com isso é preciso deixar o telescópio fixo no local e protegido por uma cúpula ou outro tipo de estrutura.
Montagens altazimutais não computadorizadas são uma opção mais barata, mas não são ideais para a visualização de objetos no espaço profundo. Montagens altazimutais computadorizadas são capazes de usar coordenadas e ser apontadas precisamente em direção a um determinado objeto no céu.

As montagens equatoriais são capazes de rastrear objetos em relação à rotação da Terra, o que é necessário para a visualização de objetos fracos e distantes no tempo. Este movimento pode ser feito manualmente ou por meio de um motor. O custo adicional associado às montagens equatoriais pode ser mais do que o necessário para a maioria dos astrônomos iniciantes.



A principal característica da montagem equatorial tipo chassi são dois braços paralelos entre si responsáveis pela sustentação de toda a óptica. O tubo é colocado entre os dois braços realizando o movimento de declinação. Nas extremidades dos braços encontramos as estruturas que proporcionam à montagem a inclinação necessária para que o movimento de acompanhamento se processe de forma correta. Essa inclinação é feita de acordo com a latitude do local onde o telescópio é instalado. Por ser uma montagem pesada, complexa e de grandes dimensões a montagem tipo chassi é encontrada com freqüência em grandes observatórios sendo pouco popular entre os amadores. Um bom exemplo de telescópio com essa montagem é o telescópio de monte Wilson.

Por último, a montagem equatorial tipo berço, que possui muitas semelhanças com a montagem em chassi. Esta montagem também possui os mesmos braços que suportam o tubo e os componentes ópticos. Temos também as estruturas que dão à inclinação ideal para o movimento de acompanhamento. A principal diferença é que este tipo de montagem possibilita a observação de astros próximos ao pólo celeste. Na montagem tipo chassi os dois braços são separados por uma barra que impede de apontar o telescópio para a região polar. Este problema foi resolvido na montagem tipo berço com a colocação de uma barra com forma semelhante a uma ferradura. Um exemplo clássico dessa montagem é o grande telescópio Hale de Monte Palomar.




Próximos Passos

Qualquer pessoa pode possuir um telescópio extravagante, mas saber como usá-lo corretamente é o que torna alguém um bom astrônomo. Aprender a identificar as constelações e utilizá-las como pontos de referência para encontrar outros alvos é extremamente importante e vai demandar algum esforço, mas não é demasiado complicado ou impossível, mesmo para jovens observadores do céu.

Se você está começando agora, pode ser extremamente útil se juntar a um clube de astronomia local e ter alguém com experiência para demonstrar como usar os recursos do telescópio e ajudar a localizar alvos no céu. Astrônomos amadores experientes também podem ajudar a explicar os fatores ambientais que podem influenciar na observação, tais como alta umidade. Além disso, adquirir algum conhecimento inicial irá te ajudar a compreender todas as questões técnicas que comentamos nos posts anteriores, e certamente te dará uma orientação melhor antes de adquirir qualquer equipamento.

Além disso, existem muitos livros voltados para astrônomos iniciantes de todas as idades, que introduzem os conceitos básicos necessários para navegar no céu noturno. Livros sozinhos não são substitutos para a experiência prática adquirida com o aprendizado com um grupo em um clube de astronomia, mas eles são suplementos fantásticos.

Se interessou e não sabe por onde começar? Temos boas notícias!

Você pode SEMPRE participar com a gente nos Domingos Astronômicos, eventos que promovemos periodicamente no CEFET-Timóteo. Basta ficar atento ao blog. Divulgaremos sempre por aqui as datas dos eventos. A entrada é gratuita, e nossos telescópios estarão à sua espera. Assim você pode “experimentar” o céu antes de adquirir seus próprios equipamentos.

Se você é aluno de escola pública ou particular aqui no Vale do Aço, pode também pedir ao seu professor de Física/Ciências que agende uma visita ao projeto Astronomia no Vale do Aço. Essa visita também é gratuita e com uma grande vantagem: o atendimento será totalmente voltado para você e sua turma.

Se você é professor aqui no Vale do Aço ou em qualquer outro lugar, sinta-se convidado para trazer seus alunos também. Entre em contato com a gente para agendarmos uma visita!

E, se você é aluno de ensino médio ou curso superior e tem interesse de participar de um grupo de estudos em astronomia, fique atento! Em breve vamos abrir chamada para participação no nosso grupo de estudos!

Até a próxima, pessoal!

--- 
Texto produzido pelo aluno João Carlos, bolsista do Astronomia no Vale do Aço. Orientado e complementado por Ludmila Deslandes, voluntária do projeto.
Informações acerca das montagens de telescópios reproduzidas desde telescopiosastronomicos.com.br
Outras informações: IFLS

4 de mar. de 2015

Guia do Astrônomo Amador Iniciante – Telescópio (Parte 2)


Você sabia que telescópios ópticos diferem na maneira como coletam a luz e formam uma imagem? Isso faz com que cada um tenha prós e contras, e isso só pode ser avaliado sabendo qual a necessidade de quem vai usá-lo para observação.
Acompanhe o artigo com a gente, e depois nos conte: qual o melhor telescópio para o seu uso?

Telescópio Refrator
Telescópios refratores têm sido utilizados desde o início dos anos 1600 e têm um formato bastante tradicional. Uma lente objetiva desvia a luz através de um tubo fechado e uma lente ocular endireita a imagem para fora do outro lado, fazendo com que pareça clara. Telescópios de refração são bem conhecidos por oferecer um grande detalhe quando se olha para a lua e os planetas.
Devido ao fato de as lentes serem fixas dentro de um tubo selado, a poeira não entra, o que elimina a necessidade de retirar as lentes para limpeza. Isso reduz drasticamente a quantidade de manutenção necessária nos cuidados com o equipamento. Além disso, isto dá ao telescópio um pouco mais de durabilidade, pois as lentes não mudam de lugar ou precisam ser colimadas antes da utilização.
Prós: baixa manutenção, detalhes nítidos em objetos brilhantes, pode ser usado para ver através de grandes distâncias em terra.
Contras: Mais caro em relação ao tamanho da abertura, tamanho menor da abertura, não é bom para visualização profunda do céu ou visualização de objetos com pouco brilho.



Refletor
Telescópios refletores criam imagens permitindo que a luz entre através da abertura em uma extremidade do tubo e seja conduzida por um espelho curvo primário no lado oposto até um espelho secundário plano, perto da abertura, onde é amplificada e dirigida para a ocular. Eles geralmente têm aberturas maiores do que os refratores, permitindo-lhes ver objetos mais fracos.
Existem muitos tipos diferentes de telescópios refletores, com diferentes configurações para o espelho secundário e a ocular. Eles são um pouco menores do que os telescópios refratores, tornando-os mais fáceis de transportar. Além disso, eles podem ser facilmente montados para visualização segura, resistente. Telescópios Dobsonianos são relativamente grandes, mas produzem imagens surpreendentes.
Prós: Abertura grande, tamanho de abertura mais barato, fácil de transportar, estável.
Contras: Óticas terão de ser limpas, os espelhos podem ficar desalinhados.


Catadióptricos
Telescópios catadióptricos são híbridos de refletores e refratores, usando lentes e espelhos para criar uma imagem. A luz passa primeiro através de uma lente corretora antes de ser refletida pelo espelho curvo primário em um espelho plano secundário, e, em seguida, para a ocular. Isto basicamente "dobra" a ótica, permitindo que uma imagem incrivelmente detalhada possa ser produzida num espaço relativamente pequeno. O tubo fechado diminui a quantidade de poeira que entra, mas, ocasionalmente, precisam ser limpos.
Existem dois tipos principais de telescópios catadióptricos: Schmidt-Cassegrain e Maksutov-Cassegrain. Maksutov usa uma lente mais espessa e espelho secundário menor do que os telescópios Schmidt. Embora isso torne-os um pouco mais pesados, produzem uma imagem ligeiramente mais nítida.
Prós: poeira Interna minimizada, grande abertura, ótimos para astrofotografia.
Contras: As lentes precisam ser colimadas, mais caro do que os refletores.


No próximo post falaremos sobre montagens de telescópios e daremos dicas sobre os próximos passos para quem está ansioso para começar a observar o céu! 

Você pode se cadastrar para receber diretamente em seu e-mail os nossos posts. Basta preencher seu e-mail na Newsletter do blog! Acompanhe também a nossa página no Facebook

Até a próxima, pessoal!


----

Texto produzido pelo aluno João Carlos, bolsista do Astronomia no Vale do Aço

Fontes:
http://www.telescopiosastronomicos.com.br/
http://www.iflscience.com/space/beginner-s-telescope-buying-guide

12 de fev. de 2015

Guia do Astrônomo Amador Iniciante – Telescópio (Parte 1)


No post anterior do Guia, comentamos que nem todo mundo pode investir inicialmente em um bom telescópio. Mas, se cabe no seu orçamento, ou se você já está fazendo um pé de meia para adquirir um, o post de hoje traz dicas valiosas.

Você saberia dizer o que é importante observar na hora de escolher um telescópio? Encontramos algumas dicas que podem ser úteis.

Abertura

Primeiro e mais importante aspecto a considerar na compra de um telescópio, segundo nossa pesquisa, é a abertura do equipamento, que é o diâmetro da lente ou espelho do telescópio que irá coletar a luz. Quanto maior a abertura, mais luz pode ser recolhida, e mais brilhante e nítido o céu aparecerá.

No entanto, não é tão simples como dizer que "o maior é melhor", porque uma abertura maior resultará em um telescópio maior. Se o telescópio é maior, é pesado demais para ser retirado e usado muitas vezes. Alguém que vive em uma cidade e que precise transportar o telescópio para regiões mais afastadas para observar, por exemplo, provavelmente vai ser melhor atendido com algo menor, mais leve e mais fácil de se mover.

Quão grande os objetos vão aparecer no telescópio vai depender do ajuste que será feito com oculares, que, como as lentes de uma câmera fotográfica, podem ser trocadas de acordo com a necessidade. Apesar de a própria abertura não fazer qualquer aumento sozinha, ela irá definir qual ocular é mais adequada a ela.


Campo de Visão

O campo de visão, ou a largura do que pode ser visto através do telescópio, pode ser calculado com base nas características do equipamento. O poder de alcance do telescópio será um cálculo de sua distância focal dividida pelo alcance focal da ocular.

Onde:  A = aumento
             F = distância focal da objetiva do telescópio
             f = distância focal da ocular 

Ex: Qual o aumento de um telescópio com objetiva de 1200 mm de distância focal e uma ocular de 10 mm de distância focal?

Colocando os dados na fórmula:
A = 1200 / 10
Resultado
A = 120 X

O aumento máximo útil determina a maior ampliação que um telescópio pode oferecer sem prejudicar a qualidade das imagens. Quanto maior o diâmetro da objetiva maior será o aumento máximo que pode ser obtido.

Onde: Amax = aumento máximo útil
D = diâmetro da objetiva do telescópio

Ex: Qual o aumento máximo de um telescópio com objetiva de 150 mm?
Fórmula : Amax = D x 2.5 

Colocando os dados na fórmula:
Amax = 150 x 2.5
Resultado
Amax = 375 X

O aumento máximo útil só pode ser utilizado com astros de brilho mais elevado como a Lua, Júpiter e Vênus. A observação de objetos de fraco brilho com esta ampliação provoca o escurecimento da imagem com a perda de detalhes. Por isso é tão importante que você defina qual uso inicial você quer dar ao telescópio. 


Alimentação/Ampliação

Oculares vêm em uma variedade de tamanhos e devem ser selecionadas depois de comprar um telescópio. É extremamente importante se certificar de que a ocular vai encaixar no equipamento, ter o comprimento focal adequado, e proporcionar a melhor visão possível.

Enquanto pode ser altamente desejável usar uma ocular com a maior ampliação possível, a fim de ver mais detalhe de um objeto no céu, a abertura do telescópio define um limite para o que pode ser visto com precisão. Geralmente, 50x por polegada da abertura é o poder de ampliação máximo recomendado.

Exceder isso irá resultar em objetos que aparecem borrados, o que pode ser bastante frustrante. A qualidade do sistema óptico também irá afetar a potência máxima que pode ser utilizada. Um telescópio pequeno e barato, em uma loja local, pode prometer aumento de 500x, mas não será capaz de fornecer o que diz e acaba como um desperdício de tempo e dinheiro.

Uma outra dica: leia com atenção a descrição técnica antes de comprar um equipamento. Veja o que diz o fabricante, procure resenhas de quem entende do assunto e já falou sobre o telescópio que você pretende comprar, assista vídeos no YouTube... quanto mais informação obtiver sobre um equipamento, sua montagem e seu uso, mais chances você tem de fazer uma boa compra e ficar satisfeito com suas observações astronômicas.

Como vocês podem observar, há muitos detalhes para serem levados em conta na hora de adquirir instrumentos para observação astronômica. Até agora já falamos sobre a relação custo x benefício, sobre adequabilidade e a importância de você saber qual o real uso que deseja dar ao equipamento, e sobre características técnicas básicas que precisam ser observadas. No próximo post falaremos sobre tipos de telescópios.

Se você tiver mais alguma sugestão a acrescentar, conte pra gente nos comentários!

Voltamos em breve com mais dicas! :)







4 de fev. de 2015

Guia do Astrônomo Amador Iniciante - O Binóculo



A astronomia amadora é uma atividade fantástica, que estimula o aprendizado de forma muito prazerosa, e pode ser incentivada em qualquer idade, podendo até mesmo culminar em eventos de observação e grupos de estudos, como fazemos aqui no projeto Astronomia no Vale do Aço.

Há tantas coisas para aprender sobre astronomia e observação astronômica, que todas as informações relevantes jamais poderiam caber em um único artigo. Por entendermos que começar a se envolver e procurar por ferramentas pode ser um processo um pouco assustador, preparamos um pequeno guia, uma série de posts que irão servir como ponto de partida para o astrônomo amador iniciante.

A primeira coisa que vem à mente quando pensamos em astronomia é um telescópio. Muita gente sonha em ter um para poder observar o céu, mas sabemos que o preço é um grande dificultador para que boa parte das pessoas possa ter um. Muitos argumentam que vão tentar algo barato, apenas para ter uma ideia de como é observar, e ver se gostam. Mas é preciso ter cuidado, porém, porque uma primeira má experiência, usando instrumentos de observação de má qualidade, pode acabar destruindo a curiosidade e o entusiasmo.

Para aqueles que estão restritos a um orçamento modesto, um bom binóculo pode ser uma excelente opção inicial. Com aproximadamente R$350,00 é possível adquirir um binóculo de qualidade aqui no Brasil, ao passo que um bom telescópio, com qualidade superior e que compense a diferença de preço, custará em torno de R$850,00. Um bom binóculo irá fornecer visualização incrível, e os princípios da astronomia poderão ser facilmente estudados com ele. Além disso, utilizar os dois olhos pode ser uma vantagem em alguns momentos. Até mesmo os astrônomos experientes usam binóculos. É, portanto, um bom investimento, mesmo que você tenha condições de adquirir um telescópio num futuro próximo.


“Mas, pessoal, qual as características de um bom binóculo?”

Binóculos são definidos por dois números, tais como 7x35 ou 10x50. O número antes do “x” é o fator de ampliação. O segundo número é o diâmetro das principais lentes, em milímetros. Quanto maior a ampliação, menos brilhante a imagem, e ao mesmo tempo em que a imagem que você vê será maior, o seu campo de visão vai diminuir e, consequentemente, será mais difícil manter a imagem focada. Se você precisa de um amplo campo de visão, escolha uma ampliação menor. Quanto às lentes, binóculos astronômicos geralmente possuem lentes maiores que 50 milímetros.

A maioria dos binóculos possui lentes de vidro, que geralmente oferecem melhor qualidade de imagem, mas muitas vezes custam mais do que as lentes de plástico. Caso queira optar por um custo menor, um bom par de lentes de plástico também pode oferecer uma boa qualidade.

Se não estiver fazendo a compra online, procure testar a focagem do binóculo na loja antes de comprar, alguns binóculos podem prometer grandes coisas, e não possuir um bom foco. O que pode causar no usuário uma fadiga ocular, além do óbvio mau investimento.

É importante que você, que deseja adquirir um bom binóculo, pesquise a fundo, a fim de obter os melhores produtos e os melhores preços.

Se você faz compras pela internet, nós indicamos à vocês dois sites de grande referência no venda de artigos astronômicos no Brasil, que são:


No próximo post do Guia do Astrônomo Amador Iniciante, vamos falar sobre telescópios e os primeiros aspectos importantes na hora de escolher um! Fiquem ligados!

---


17 de jan. de 2015

Programas e aplicativos para observar o céu

Essa semana perguntamos em nossa página do Facebook quais aplicativos o pessoal recomendava para ajudar na observação astronômica. 

Fizemos uma compilação com as respostas, e buscamos informações mais detalhadas sobre cada programa e aplicativo, para que você possa escolher qual ou quais te atendem melhor, e deixar sua observação do céu ainda melhor! ;) 

Dica importante: alguns aplicativos gratuitos oferecem mais funcionalidades ou melhor resolução com upgrade pago. O que costumamos fazer por aqui é baixar o app gratuito e testar. Só compramos se a tal funcionalidade se mostrar realmente muito essencial para o que queremos desenvolver.

Sem mais delongas, vamos ao que interessa!


Google Sky Map
Utilizando o sistema de geolocalização, o aplicativo mostra onde você está e a localização dos astros ao seu redor. Com um mapa bem construído e uma visualização simples, é possível encontrar todas as estrelas, constelações e planetas que quiser.

Ao iniciar o aplicativo, ele vai encontrar sua localização através do GPS. A imagem mostra estrelas, constelações e planetas, e você pode escolher o que deseja visualizar nas configurações. Se você deseja localizar um planeta ou um astro, digite o nome na busca. Uma seta no centro da tela indica para onde você deve mover o aparelho. Quando encontrar o que procura, o aplicativo mostra o resultado dentro de um círculo.

Para controlar o zoom nas imagens, escolha os botões de mais e menos. Além das opções de zoom, ícones aparecem no lado esquerdo da tela para que você habilite ou desabilite sua visualização. O primeiro mostra as estrelas, o segundo as constelações, o terceiro mostra outros objetos no espaço, o quarto os planetas, o quinto a grade de visualização e o sexto e último as imagens dos planetas – como Saturno, que aparece com seus anéis.

Quanto menos itens estiverem habilitados, mais limpa será sua imagem e mais fácil para encontrar o que procura.

O Google Sky Map está disponível para dispositivos com ANDROID, e pode ser baixado gratuitamente pela Play Store.



SkEye
É um planetário avançado que também pode ser usado como guia para telescópios. Possibilita a observação de estrelas, planetas e constelações, bem como objetos no espaço profundo. O aplicativo permite pesquisas e customização de sua interface.

O SkEye está disponível para dispositivos com ANDROID, e pode ser baixado gratuitamente pela Play Store.



Star Chart
O Star Chart é um mapa celeste que oferece em tempo real, através do uso da tecnologia GPS e de uma apurada simulação 3D, a localização precisa de estrelas, planetas e da lua visíveis da Terra.
As funcionalidades prometidas pelo APP são:
- Representação acurada de todas as estrelas visíveis nos hemisférios norte e sul – aproximadamente 120 mil estrelas
- Imagem 3D para observação de todos os planetas do sistema solar e suas luas
- Função Time Shift, que permite uma “viagem no tempo” na visualização do espaço
- Informações detalhadas sobre objetos sendo observados com um clique
- Zoom potente
- Totalmente configurável
- Permite configuração manual
Disponível para Android através da Play Store e para iOS, através da App Store.



Star Tracker
Planetário programado para dispositivos móveis, como a maioria dos aplicativos citados, tem a função “aponte e veja”. Basta apontar o tablet ou celular para o céu e identificar os objetos à sua volta. O aplicativo promete identificar com precisão o sol, a lua, os planetas do sistema solar, 88 constelações, além de 8.000 estrelas visíveis a olho nu. Localização do usuário pode ser definida automaticamente, com GPS, ou manualmente. Permite pesquisa. Opção de modo noturno, que protege os olhos em observações ao ar livre. Compasso 3D para indicação de objetos sendo pesquisados.
Disponivel para Android através da Play Store e para iOS, através da App Store.



Mooncast
Oferece informação diária sobre as fases da lua.
Está disponível para iOS na App Store, por U$0,99.
IMPORTANTE: há um aplicativo de mesmo nome para Android, mas um não tem NADA a ver com o outro! hehe



SatelliteSafari
Identifica e informa os satélites que irão passar por sua localização a qualquer hora do dia ou da noite. Há descrição detalhada de muitos satélites, e o banco de dados é atualizado a cada segundo, conforme informação do aplicativo.
Ele está disponível para Android na Play Store por R$7,99, e para iOS na App Store por U$2,99.



MeteoEarth
Aplicativo para acompanhamento da previsão do tempo. Permite navegação 3D pelo globo terrestre. Mapeia tempestades, incidência de raios e pressão atmosférica.
Está disponível para Android na Play Store por R$2,67, e para iOS na App Store por £2,99.



Stellarium
O Stellarium é um planetário de código aberto gratuito para o seu computador. Ele mostra um céu realista em três dimensões, da forma como você o vê a olho nu, com um binóculo ou com um telescópio.
Recursos informados:
1. Céu:
-catálogo padrão com mais de 600.000 estrelas
-catálogos extra com mais de 210 milhões de estrelas
-asterismos e ilustrações das constelações
- constelações para mais de 20 culturas
- imagens de nebulosas (catálogo Messier completo)
- Via Láctea realista
- atmosfera, nascer e pôr-do-sol bastante realistas
- os planetas e seus satélites
2. Interface:
- um zoom poderoso
- controle de tempo
- interface multilíngue
- projeção olho-de-peixe para cúpulas de planetário
- projeção de espelho esférico para a sua própria cúpula de baixo custo
- interface gráfica inteiramente nova e amplo controle pelo teclado
- controle de telescópio
3. Visualização:
-grade equatorial e azimutal
-cintilação das estrelas
-estrelas cadentes
-simulação de eclipses
-simulação de supernovas
-paisagens personalizáveis, agora com projeção esférica de imagens panorâmicas
4. Customização:
- sistema de complementos para adicionar satélites artificiais, simulação de oculares, configuração de telescópios, dentre outros
- possibilidade de adicionar novos objetos do sistema solar a partir de recursos disponíveis na rede
- adicione os seus próprios objetos do céu profundo, paisagens, imagens de constelações, apresentações

Você pode baixá-lo no site: http://www.stellarium.org/pt_BR/




Gostou das dicas? Sugere mais algum programa ou aplicativo? Conta pra gente aqui nos comentários!

Boa observação pra vocês!

---
Fonte:
Todas as informações, inclusive preço de comercialização, foram retiradas das páginas dos aplicativos na Google Play Store, na App Store, e as informações do Stellarium no site próprio (link fornecido). Todas as informações foram reproduzidas conforme constam nas fontes e são de responsabilidade dos desenvolvedores.

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...