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10 de jun. de 2015

Luas de Plutão: mistérios ainda não explicados

Recentemente falamos sobre Plutão em dois posts aqui no blog, que você pode conferir clicando AQUI e AQUI.

No post de hoje a gente reproduz na íntegra uma notícia publicada pelo portal UOL no último dia 3, que traz maiores detalhamentos sobre o misterioso comportamento das luas do nosso querido planeta anão!

Confere com a gente!


Luas de Plutão trazem mistérios que ainda não conseguiram ser explicados

Mark Showalter/JPL/NASA, SETI Institute via AP
 Ilustração fornecida pelo Instituto SETI, da Nasa (agência espacial norte-americana) representa Plutão e suas cinco luas de uma perspectiva oposta ao Sol. A imagem foi adaptada de uma ilustração para a missão Voyager I a fim de chamar atenção para as semelhanças entre os sistemas de Plutão e Júpiter 
Ilustração fornecida pelo Instituto SETI, da Nasa (agência espacial norte-americana) representa Plutão e suas cinco luas de uma perspectiva oposta ao Sol. A imagem foi adaptada de uma ilustração para a missão Voyager I a fim de chamar atenção para as semelhanças entre os sistemas de Plutão e Júpiter.
 
As luas que orbitam em torno do planeta anão Plutão no nosso sistema solar podem se comportar como "adolescentes teimosas" com movimentos caóticos - de acordo com pesquisadores que analisaram imagens do telescópio Hubble.

Ao longo dos últimos dez anos, o Hubble descobriu quatro luas minúsculas - Styx, Nix, Kerberos e Hydra - em órbita ao redor de Plutão e Caronte.

Plutão e Caronte formam um sistema binário de planetas: dois corpos, semelhantes em tamanho, orbitando em torno de seu centro de gravidade comum. As quatro pequenas luas estão orbitando ao redor da dupla Plutão-Caronte.

Com o apoio de fotografias, os pesquisadores analisaram o brilho destes pequenos planetas. "Nix e Hydra parecem ter uma superfície brilhante como Caronte, enquanto Kerberos é muito mais escura, levantando questões sobre a forma como o sistema plutoniano foi formado", observa o estudo publicado nesta quarta-feira na revista Nature.

"Supunha-se que, no passado distante, um meteorito tenha batido em Plutão e suas luas se formaram a partir da nuvem de detritos (como o sistema Terra-Lua)", explicou à AFP Mark Showalter, do Instituto SETI (Search for Extraterrestrial Intelligence) na Califórnia e co-autor do estudo.

"Nós esperávamos que luas fossem iguais. Agora sabemos que não é o caso", disse o cientista.

"A formação do sistema de Plutão continua sendo um mistério, mas nós conseguimos fazer algumas descobertas a caminho de mais esclarecimentos", resumiu Mark Showalter. "Nós somos um pouco como arqueólogos que acabam de escavar alguns pedaços de cerâmica antigos, mas que não sabem como juntá-los", explica o pesquisador.

Os resultados sugerem igualmente que as órbitas de três luas - Styx, Nix e Hydra - estão presas umas as outras.

O fenômeno lembra o sistema que liga as luas Io, Europa e Ganimedes a Júpiter. Io realiza quatro revoluções ao redor de Júpiter enquanto que Europa faz duas e Ganimedes uma só.

O estudo mostra que a estes movimentos orbitais surpreendentemente previsíveis e estáveis, estão somados outros movimentos de rotação de luas mais aleatórias, por vezes até caóticas. "As luas de Plutão são como adolescentes teimosos que se recusam a seguir as regras", brinca Douglas Hamilton da Universidade de Maryland, co-autor do estudo.

Mesmo que os novos dados não permitam desvendar o mistério da criação de Plutão e suas luas, pelo menos agora "qualquer pessoa que apresentar com uma nova explicação deverá levar em conta estas observações", conclui Mark Showalter.

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Notícia original publicada em: UOL Notícias Ciência

5 de mai. de 2015

Os planetas do Sistema Solar - Saturno



O gigante gasoso, Saturno é o sexto planeta a partir do Sol, está duas vezes mais longe da Terra que Júpiter. As principais característica são o complexo sistema de anéis e suas inúmeras luas.


Saturno: O Senhor dos anéis.


Antes da invenção do telescópio, Saturno era o mais distante dos planetas conhecidos. A provável causa do seu nome é relativa a sua posição, antigos romanos consideraram Saturno o pai de Júpiter que na mitologia grega é conhecido como Zeus, filho de Cronos. Dos 5 planetas conhecidos, Saturno tinha o maior período de translação, ele demora 29,457 anos para dar a volta ao Sol, quase o triplo de Júpiter (11,86 anos), os astrônomos gregos e romanos acreditavam que o planeta era o guardião dos tempos, ou "Pai do Tempo".


Galileu foi o primeiro a observar os anéis do planeta, em 1610, mas chegou a referir-se a Saturno, numa carta em código, como “planeta com orelhas”. A partir daí Saturno ficou conhecido como a “jóia do Sistema Solar”. Apenas em 1659, Christiaan Huygens identificou a geometria dos anéis de Saturno da forma como conhecemos hoje.


A primeira missão a explorar Saturno foi a nave Pioneer 11, lançada em 1973 mas alcançou o planeta somente em 1979.

Estrutura

Saturno é o segundo maior planeta do Sistema Solar e o menos denso. Com cerca de 95 vezes mais material que a Terra mas, com um volume que poderia conter 764 Terras, Saturno tem estrutura composta por hidrogênio e hélio além de metano, amônia, etano e outros elementos em menores quantidades. Na camada mais externa, os elementos são gasosos, em seu interior portam-se como fluídos onde a temperatura e pressão crescem com a profundidade e ainda mais no fundo portam-se como metal líquido.

Atmosfera

A superfície amarelo-claro do planeta é a camada superior da atmosfera. Algumas faixas douradas são visíveis nas imagens de Saturno. Essas faixas são provocadas por ventos extremamente rápidos, que podem chegar a 1.800 quilômetros por hora, causados pela rotação do planeta e pelo calor que sai do seu interior.
Estas nuvens vermelhas, laranja e verde (cor falsa) no hemisfério norte de Saturno indicam o fim da cauda de uma enorme tempestade que começou em dezembro de 2010. 

Os anéis

A influência de Saturno na sociedade atravessou gerações em diversas áreas do conhecimento, seja na associação do planeta a divindades ou até em músicas românticas. Seus exuberantes anéis são foco da atenção de muita gente, mas sua composição não é nada extraordinária: os anéis são formados de pedaços de cometas, asteroides, luas despedaçadas e partículas de gelo. São bilhões de partículas que podem ter vários metros de diâmetro ou ser meros grãos de poeira e por refletir bem a luz solar são facilmente visíveis.

Saturno é constituído por sete anéis com intervalos e divisões entre eles. O maior deles tem o diâmetro 200 vezes superior ao planeta, porém apesar de se estenderem por longas distâncias, esses aros contam com espessuras que em sua maioria não ultrapassam 10 a 20 metros. Mas durante equinócio de Saturno, em Outono de 2009, imagens da sonda Cassini mostraram formações verticais em alguns anéis que chegaram a 3 quilômetros de altura.

Cada anel orbita a uma velocidade diferente ao redor do planeta.

Nomeados em ordem alfabética na ordem em que foram descobertos, os anéis são relativamente próximos uns dos outros, com exceção da Divisão de Cassini, uma lacuna medindo 4.700 quilômetros.
Ilustração da vista lateral de Saturno em relação ao anel E.

Satélites

Os anéis não são o único destaque do planeta, Saturno tem uma vasta gama de luas no mínimo intrigantes. Ele mantem em órbita 53 luas confirmadas e 9 aguardando confirmação. Desse total, 17 estão entre seus anéis. Grande parte das luas são pequenas e não esféricas, predominantemente constituídas de gelo, refletem de 60% a 90% da luz solar.

Titã é a maior lua do planeta e a segunda maior do Sistema Solar, com tamanho aproximado do planeta Mercúrio ela é o único satélite que conhecemos com atmosfera substancial. Recentemente, descobrimos água líquida em Titã: seus mares são formados por hidrocarbonetos, metano e outras substâncias presentes em sua atmosfera. Essa notícia entusiasmou estudiosos, o NIAC (sigla em inglês para Conceitos Inovadores e Avançados da NASA) financiou estudos que almejam levar um submarino à lua Titã para investigar os mares, mas ainda é só um projeto. Confira no vídeo abaixo a ideia da missão:

O planeta conta com outros satélites, como Enceladus, que expele água e outros elementos através de seus mais de 100 gêiseres e Iapetus, que, além de contar com um polo branco e outro preto, sofre com avalanches gigantescas e tem uma região conhecida como Cassini Regio, próxima ao equador, onde existe elevação do solo formando uma "parede" em torno da lua. Há quem diga que é uma lua artificial, e você, o que acha?
Lua Iapetus: É possível visualizar a marca próxima ao equador.


Fonte: SaturnSolar SystemWikipediaNupescLivro: Guia Ilustrado Zahar Astronomia (Ian Ridpath).

28 de abr. de 2015

Os planetas do Sistema Solar - Júpiter

Quinto planeta a partir do Sol, o gigante Júpiter tem a massa cerca de 2,5 vezes a soma da massa de todos os planetas do Sistema Solar combinados. É o planeta com maior número de satélites e possui um exagerado campo magnético. 

O gigante de gás: a superfície visível de Júpiter é marcada por faixas coloridas, nuvens e tempestades.

Júpiter para os romanos, Zeus para os gregos; considerado o Pai dos deuses e dos homens, essa foi a inspiração para o nome do maior planeta do Sistema Solar. 

A exploração de Júpiter só teve início na década de 1970, com a nave Pioneer 10, a primeira a voar além da órbita de Marte sobrevivendo à intensa radiação que cerca o planeta gigante. Até hoje, 8 missões foram realizadas para investigá-lo. 


Estrutura 

Junto com Saturno, Urano e Netuno, Júpiter forma o grupo dos planetas gasosos do Sistema Solar. Júpiter é composto principalmente por hidrogênio e hélio, o hidrogênio é gasoso na camada mais externa que possui cerca de 1.000 quilômetros de altura. Sua atmosfera e seu estado mudam com a profundidade, à medida que a densidade, pressão e temperatura se elevam. 

A estrutura interna do planeta é dividida em camadas, mas sem limites rígidos entre elas. Seu núcleo é sólido e tem cerca de 10 vezes a massa da Terra. Em volta do núcleo está o manto, formado primariamente por hidrogênio metálico denso, que estende-se até 78% do raio do planeta. Acima do manto localiza-se uma camada de hidrogênio e hélio líquidos. 


Órbita 

O eixo de Júpiter é quase perpendicular à sua rota, com inclinação de apenas 3,1°. Sua rotação é a mais rápida dentre os planetas do Sistema Solar, com dias de 9,93 horas terrestres e translação com duração de 11,86 anos terrestres. 


Clima 

Tempestade em Júpiter:
Grande Mancha Vermelha
A rápida rotação do planeta e o intenso calor do seu interior perturbam a atmosfera gerando  fortes tempestades e furacões que podem durar anos. Compostos de hidrogênio condensam formando nuvens coloridas que se distribuem em faixas em torno do planeta. As faixas mais claras são zonas de gás em ascensão e as faixas escuras são cinturões de gás em queda. 

A marca registrada de Júpiter é uma enorme tempestade conhecida como Grande Mancha Vermelha observada cerca de 300 anos atrás. Essa tempestade muda sempre de tamanho, forma e cor, atualmente seu diâmetro é 16.1 mil quilômetros, muito menor se comparado aos estimados 80 mil quilômetros (cerca de 3 vezes o diâmetro do nosso planeta) em 1880. 

Satélites e anéis 

Campeão em números de satélites naturais, Júpiter tem 67 luas, 50 conhecidas e 17 luas aguardando a confirmação de sua descoberta. As quatro maiores luas de Júpiter são chamadas de satélites galileanos, em homenagem à Galileu Galilei, que apesar de não ter sido o primeiro a observar, foi o primeiro a publicar as observações em 1610. 

Ilustração de Júpiter e os satélites de Galileu: Io, Europa, Ganimedes e Calisto, mundos totalmente distintos. 

Ganimedes é o maior satélite do Sistema Solar com 5.2662 quilômetros de diâmetro, sua crosta gelada tem áreas contrastantes escuras e claras, é a única lua conhecida por ter seu próprio campo magnético gerado internamente. Io é o corpo mais vulcânico do Sistema Solar, sua superfície é sempre renovada por erupções de centenas de vulcões e fissuras. Calisto é uma bola de gelo e rocha com superfície plana. Europa é um pouco menor que a nossa Lua, é o menor dos galileanos, tem uma fina camada de de gelo e água que pode abrigar vida, sua superfície é marcada pela crosta que se quebrou e flutua sobre o gelo. 

A maioria das outras luas são pequenas, com formatos irregulares e orbitam longe do planeta, possivelmente são fragmentos de asteroides. 

Seus anéis nem se comparam aos de Saturno, são estruturas empoeiradas e tênues descobertas apenas em 1970 por uma nave enviada à Júpiter. Provavelmente foram criados pelo pó jogado fora por impactos em pequenas luas. 


Campo magnético 

Foto do Telescópio espacial Hubble.
Aur
ora no planeta Júpiter .
Correntes elétricas na camada de hidrogênio metálico do planeta geram um campo magnético cerca de 20 mil vezes mais forte que o da Terra. Um cinturão de radiação rodeia o planeta, partículas de vento solar são impelidas para a atmosfera em torno dos polos magnéticos que interagem com os gases gerando auroras.  

A imagem ao lado mostra a aurora produzida pelo campo magnético de Júpiter centrada no polo magnético norte do planeta.


Observação 

As maiores Luas de Júpiter
vistas do telescópio 
Meade LX200.
A abundância de hidrogênio dá a Júpiter uma composição mais parecida com o Sol que os demais planetas. Se tivesse cerca de 50% mais de hidrogênio, provavelmente seria uma estrela, mas o planeta não cresce o suficiente para inflamar.  

A distância do planeta Júpiter à Terra é mais que 4 vezes a distância do nosso planeta ao Sol. Mesmo assim, é possível ver a olho nu o planeta que perece uma estrela no céu, na maior parte do tempo é o segundo planeta mais brilhante depois de Vênus. É visível durante toda a noite, levanta-se ao pôr do sol e se põe ao nascer. 


Fontes: Sistema Solar,  WikipediaCiencia-CulturaLivro: Guia Ilustrado Zahar Astronomia (Ian Ridpath).

22 de abr. de 2015

Os planetas do Sistema Solar - Marte

O "planeta enferrujado" é o quarto a partir do Sol.  Conhecido como um planeta terrestre, Marte é visto por uns como uma válvula de escape para o planeta Terra.  

O vermelho característico do terreno vem do óxido de ferro (ferrugem) nas rochas e no solo.

Batizado com o nome do deus romano da guerra, Marte é conhecido também como o planeta vermelho. No oriente era conhecido como "Estrela de Fogo", baseando-se nos cinco elementos da filosofia tradicional.   

Os soviéticos foram os pioneiros na exploração de Marte, enviaram a primeira sonda em 1960, mas não obtiveram sucesso. A primeira missão bem sucedida foi em 1964 realizada pela NASA: Mariner 4. Ao todo, mais de 40 sondas foram enviadas ao planeta mas apenas 6 conseguiram entrar na atmosfera.   

   
Estrutura  

Monte Olympus
A maior parte do hemisfério norte do planeta é coberto por planícies vulcânicas relativamente lisas, o hemisfério sul é cheio de montanhas cobertas de crateras. Marte abriga o maior vulcão do Sistema Solar, o Monte Olympus, cercado por fluxo de lava e com 24 quilômetros de altura.  

Marte é um planeta rochoso que se solidificou de fora para dentro, provavelmente seu núcleo já esta sólido e é composto de um mistura de ferro e sulfuretos de ferro, com um raio de cerca de 1700  quilômetros. Em volta do núcleo, um manto, como o da Terra porém mais denso 


Atmosfera e Temperatura 

A atmosfera do planeta vermelho constitui 95,3% de carbono e o restante é composto por  oxigênio, nitrogênio, argônio e monóxido de carbono. Muito fina se comparada à nossa, a atmosfera marciana tem cerca de 11 quilômetros de altura e é tênue, menos de 1% da pressão atmosférica na Terra, mas é suficientemente densa para permitir ventos fortíssimos capazes de levantar grandes tempestades de areia que chegam a cobrir quase toda a superfície.  

A temperatura do planeta pode até atingir 27 °C nos dias mais quentes do verão marciano. As temperaturas polares são em média -133 °C. 

Água 

Marte não é um planeta desértico e seco como pensavam muitos anos atrás. Há vestígios de que Marte já teve um oceano com volume de água superior ao Ártico. O planeta teria perdido 87% da água para o espaço. A sonda Curiosity, enviada ao planeta em 2012, descobriu que o solo da superfície marciana abriga cerca de 2% de água. Mas apesar da empolgante notícia da água, ainda não encontramos sinais de vida marciana. 


Satélites   

Lua de Marte: Deimos
Marte tem dois pequenos satélites, as luas Deimos e PhobosDeimos é a menor delas com cerca de 7,5 quilômetros de  diâmetro. Photos esta a 9.380 quilômetros do planeta, tão perto de Marte que se levanta e se põe 3 vezes em um único dia marciano. Seu diâmetro é de 26,8 quilômetros. Ambas não possuem uma forma  esférica,  por terem pouca massa, são compostas por rochas ricas em carbono da mesma forma que muitos asteroides.     


Missão sem volta 

Mais de 200 mil pessoas se candidataram para uma viagem à Marte através de um projeto não governamental chamado Mars One, que pretende estabelecer um assentamento humano permanente no planeta. Segundo os idealizadores do projeto, uma viagem de retorno à Terra seria muito cara e arriscada por exigir foguetes maiores que precisam de um sistema de aterragem e lançamento maior em Marte. O projeto já esta em curso, muito questionado e levantando opiniões bastante divergentes, mas a suposta previsão de lançamento da primeira nave é para 2026. 

 Marte pode ser visto facilmente da Terra a olho nu. Ele perece uma estrela brilhante, mas sua forma de disco e seu colorido vermelho distinguem do pano de fundo de estrelas. 

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Fontes: Sistema SolarCINASANave AstroLivro: Guia Ilustrado Zahar Astronomia (Ian Ridpath).
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