Mostrando postagens com marcador vênus. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador vênus. Mostrar todas as postagens

2 de jun. de 2015

Confira o calendário astronômico do mês de junho!

A partir de agora, disponibilizaremos um "Calendário Astronômico" todo mês, listando o que acontecerá no céu e também as comemorações e eventos relacionados à Astronomia, sempre que houver algum.

Já anote na sua agenda! :)

6/6 – Vênus atinge máxima elongação oriental

Vênus. Crédito da foto: NASA

Na astronomia, a elongação de um planeta é o ângulo entre o Sol e o planeta, quando observado da Terra. Quando um planeta inferior é visível depois do pôr-do-sol, está próximo de sua elongação oriental máxima e quando é visível antes do nascer do sol, está próximo de sua elongação ocidental máxima. O valor da elongação máxima (leste ou oeste) para Vênus varia entre 45º e 47º.

Vênus, um dos planetas mais brilhantes do céu no período noturno, neste dia, terá boas condições de visibilidade, pois estará em seu ponto mais alto no céu do crepúsculo. Estará muito brilhante na direção oeste, pouco depois do pôr do sol.


16/06 - Asteroide 1566 Ícaro passa pela Terra



O 1566 Ícaro é um asteroide descoberto em 1949 por Walter Baade. Foi nomeado em homenagem a Ícaro da mitologia grega, que voou próximo ao Sol na tentativa de fugir da ilha de Creta. O asteroide faz uma aproximação da Terra em intervalos de 9, 19, ou 38 anos mas raramente se aproxima mais de 6.4 Gm (dezesseis vezes a distância da Lua), conforme fez em 14 de junho de 1968. A última aproximação foi em 1996 com 15.1 Gm de distância, quase quarenta vezes a distância da Lua. A próxima aproximação será em 16 de junho de 2015 com 8.1 Gm.


16/06 - O cometa C/2014 Q1 PanSTARRS terá seu máximo brilho previsto



O cometa foi descoberto pelo Consórcio Pan-STARRS (Haleakala, Hawaii/EUA) em 16 de agosto de 2014 por meio do telescópio Ritchey-Chretien.

O cometa inicia seu período de visibilidade na segunda quinzena de maio de 2015, estando, situado na constelação de Áries ao amanhecer. Por volta do dia 6 é possível que ele atinja seu brilho máximo, se isso acontecer, poderá ser visto a olho nu.


21/06 - Solstício de inverno no hemisfério sul




Solstício de inverno é um fenômeno astronômico usado para marcar o início do inverno.  Ocorre quando o Sol atinge a maior distância angular em relação ao plano que passa pela linha do equador. Embora sua data não seja a mesma em todos os anos, pode-se dizer que ocorre normalmente por volta do dia 22 de Dezembro no hemisfério norte e 21 de Junho no hemisfério sul.

Devido à órbita elíptica da Terra ao redor do sol ao longo do ano, as datas nas quais ocorrem os solstícios não dividem o ano em um número igual de dias. Isto ocorre porque quando a Terra está mais próxima do Sol (periélio) viaja mais velozmente do que quando está mais longe (afélio), em conformidade com a segunda lei de Kepler.

O planeta Terra não permanece estático, realizando, portanto, vários movimentos, com destaque para a rotação (deslocamento da Terra em torno de seu próprio eixo) e a translação (movimento que a Terra realiza em torno do Sol). Essa característica é responsável por alguns fenômenos, como, por exemplo, o solstício.

A inclinação de aproximadamente 23°27’ do eixo de rotação da Terra com relação ao eixo de translação proporciona uma distribuição desigual dos raios solares entre os Hemisférios Sul e Norte. Sendo assim, em um determinado período do ano, a luz solar incidirá com maior intensidade sobre um dos hemisférios. Essa diferença de radiação solar é mais nítida quando ocorrem os solstícios.
No solstício de Inverno ocorre o dia mais curto do ano e consequentemente a noite mais longa do ano, em termos de iluminação por parte do Sol.


24/06 - Mercúrio atinge a maior elongação no ano, ao nascer do Sol

Crédito da foto: Gregg Alliss

Mercúrio, o menor planeta do sistema solar e também o mais próximo do Sol é um planeta bem difícil de se observar. Sua maior aproximação do Sol impede que possa ser facilmente visualizado. Em algumas ocasiões, porém, como neste dia, terá ao pôr do sol, sua posição mais alta no céu, o que facilitará sua observação.


28/06 - DOMINGO ASTRONÔMICO
O tradicional "Domingo Astronômico" do Astronomia no Vale do Aço acontece no próximo dia 28, com observação astronômica, palestras e participação dos alunos do CEFET-MG Campus Timóteo nas barraquinhas de venda de lanches e por conta da programação cultural. Fique de olho! Em breve divulgamos mais informações.

30/06 - Dia do Asteroide



O mês encerra com o um importante evento. Cientistas, astronautas e estudiosos criaram um dia para o mundo científico criar alternativas para aumentar o mapeamento de asteroides que passam pela Terra. O “Asteroid Day” vai apontar para o risco de não se monitorar os fenômenos. Um exemplo que será citado será o asteroide que caiu na Rússia em 2013 e deixou cerca de mil feridos.


7 de abr. de 2015

Os Planetas do Sistema Solar - Vênus

Com intenso calor e excessivas atividades vulcânicas, Vênus é o segundo planeta do Sistema Solar a partir do Sol. Semelhante em estrutura e tamanho ao planeta Terra, Vênus revela aos poucos os segredos guardados embaixo das densas nuvens. 
Imagem planeta Vênus.

História


Na mitologia Grega é Afrodite, na Romana é conhecida como Vênus, mas ambas são conhecidas como deusa do amor, senhora dos céus e deusa da fertilidade. Por ser o planeta mais brilhante dos cinco conhecidos na antiguidade, o planeta Vênus recebeu o nome da deusa.

Os primeiros relatos do planeta datam 1600 a.C. e da mesma forma que Mercúrio, pensava-se que Vênus era dois corpos. Ao amanhecer, Vênus era chamado de estrela D'alva, Eosphorus e as vezes até mesmo de Lúcifer (em latim significa portador da luz) e no entardecer seu nome era Vésper ou Hesperus. Somente em meados de 500 a.C., Pitágoras afirmou que Lúcifer e Vésper era um único astro. 

Até hoje, mais de 40 sondas foram construídas para investigar Vênus. A primeira sonda espacial a atingir a superfície do planeta foi Mariner 2 em 1962, e com o “período da corrida espacial”, logo as sondas Vênus e Pioneer também foram lançadas. No início dos anos 1990, a sonda Magellan mapeou 98% da superfície do planeta. 

Atmosfera e Temperatura 


Diferente do que se acreditava antes dos anos 1960, Vênus não é o irmão gêmeo da Terra: atmosfera de Vênus é cerca de 92 vezes mais densa que a atmosfera terrestre e a pressão na sua superfície é equivalente a um mergulho de 920 metros de profundidade no mar. 

Imagem da sonda Mariner 10.
É possível observar
 as densas nuvens do planeta.
Mesmo não sendo o planeta mais próximo ao Sol, Vênus tem o posto de planeta mais quente do Sistema Solar, sua temperatura atinge cerca de 482°C na superfície. O calor excessivo é resultado do efeito estufa no planeta: sua atmosfera é composta 97% por Gás Carbônico e os outros 3% de Nitrogênio e Água. Coberto por densas nuvens de ácido sulfúrico que atravessam o planeta, a observação dos cientistas da superfície de Vênus até pouco tempo atrás era difícil. As poucas sondas que pousaram em Vênus não sobreviveram mais de 2 horas no calor intenso.

Órbita 


Uma característica particular de Vênus é seu movimento de rotação retrógrado, nesse aspecto o planeta difere de todos os outros do Sistema Solar, com exceção de Urano. Se estivéssemos em Vênus e não existissem tantas nuvens pesadas no planeta, veríamos o Sol nascer no oeste e se pôr no leste. Existem várias hipóteses para explicar o movimento retrógrado do planeta, a mais aceita é que Vênus foi atingido por um corpo celeste durante sua formação. Confira na imagem abaixo as órbitas dos planetas:
Inclinação do eixo de rotação dos planetas do Sistema Solar.

Como Vênus avança em sua órbita solar, enquanto gira lentamente para trás sobre o seu eixo, o nível superior de camadas de nuvens bloqueia o planeta a cada 4 dias terrestres, impulsionado por ventos com força de furacão viajando a cerca de 360 quilômetros por hora.

A rotação de Vênus tem a maior duração do Sistema Solar, seu dia é maior que seu ano, cada um possui respectivamente 243 e 224 dias terrestres. 

Estrutura


Estrutura interna de Vênus.
A estrutura interna de Vênus é análoga à Terra. Seu núcleo possui cerca de 6000 quilômetros de diâmetro, composto de ferro e níquel. Em torno do núcleo, existe um manto rochoso com cerca de 3000 quilômetros de espessura. A última camada é a mais fina, com 50 quilômetros de profundidade, a crosta silicática compõe a superfície do planeta. 

Aproximadamente 85% da superfície de Vênus é composta por baixas planícies cobertas por lavas vulcânicas, o restante se divide em duas grandes áreas montanhosas. No hemisfério Sul encontramos a Terra de Aphrodite, região montanhosa do tamanho da América Latina, já no norte, a região montanhosa é chamada de Terra de Ishtar e contém a maior montanha do planeta (aproximadamente dois quilômetros mais alta que o Monte Everest).
Vênus não possui um campo magnético, acredita-se que por efeito da rotação muito lenta. 



O planeta mais brilhante 


Não é novidade pra gente que os planetas refletem parte da luz que recebem, mas por causa da proximidade com a Terra e o excesso de nuvens densas quase uniformes no planeta, o brilho de Vênus só fica atrás do Sol e da Lua. O planeta reflete cerca de 75% da luz solar que recebe. 

Observação


Assim como Mercúrio, Vênus também tem fases e pode ser visto facilmente após o pôr do sol quando passa da meia fase para a crescente e antes do Sol nascer, quando passa da crescente para meia fase. 
Um fenômeno raro que podemos observar da Terra é o Trânsito de Vênus, onde visualizamos Vênus passando lentamente em frente ao Sol. Os últimos ocorreram em 2004 e 2012, mas se você perdeu a chance de observar, pode esperar até 2117 para o próximo. Esse fenômeno ocorre em pares separados por oito anos e depois não voltam a ocorrer em um espaço de 105 anos. Para conferir o motivo do fenômeno,  veja o vídeo da BBC Brasil Clicando Aqui.

Levar o homem à Vênus?


Apesar de todas as características nada atraentes para a vida humana, pesquisadores estudam a possibilidade de construir uma “cidade flutuante” sobre o planeta. Com dirigíveis impulsionados por energia solar a 48 quilômetros da superfície de Vênus, onde a atmosfera e a gravidade se aproximam a da Terra, astronautas estudariam com facilidade a atmosfera do planeta. HAVOC compreende em uma série de missões responsáveis em levar humanos à Vênus, o plano seria dividido em 5 etapas: desde uma exploração robótica para conferir as condições do ambiente de Vênus até a montar uma estrutura para a permanência de um ser humano em tempo integral. Por enquanto, tudo não passa de um estudo conceitual.


Fontes: Sistema SolarSpectrumEternos AprendizesBBC BrasilLivro: Astronomia, Autor Ian Ridpath.
Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...