28 de abr. de 2015

Os planetas do Sistema Solar - Júpiter

Quinto planeta a partir do Sol, o gigante Júpiter tem a massa cerca de 2,5 vezes a soma da massa de todos os planetas do Sistema Solar combinados. É o planeta com maior número de satélites e possui um exagerado campo magnético. 

O gigante de gás: a superfície visível de Júpiter é marcada por faixas coloridas, nuvens e tempestades.

Júpiter para os romanos, Zeus para os gregos; considerado o Pai dos deuses e dos homens, essa foi a inspiração para o nome do maior planeta do Sistema Solar. 

A exploração de Júpiter só teve início na década de 1970, com a nave Pioneer 10, a primeira a voar além da órbita de Marte sobrevivendo à intensa radiação que cerca o planeta gigante. Até hoje, 8 missões foram realizadas para investigá-lo. 


Estrutura 

Junto com Saturno, Urano e Netuno, Júpiter forma o grupo dos planetas gasosos do Sistema Solar. Júpiter é composto principalmente por hidrogênio e hélio, o hidrogênio é gasoso na camada mais externa que possui cerca de 1.000 quilômetros de altura. Sua atmosfera e seu estado mudam com a profundidade, à medida que a densidade, pressão e temperatura se elevam. 

A estrutura interna do planeta é dividida em camadas, mas sem limites rígidos entre elas. Seu núcleo é sólido e tem cerca de 10 vezes a massa da Terra. Em volta do núcleo está o manto, formado primariamente por hidrogênio metálico denso, que estende-se até 78% do raio do planeta. Acima do manto localiza-se uma camada de hidrogênio e hélio líquidos. 


Órbita 

O eixo de Júpiter é quase perpendicular à sua rota, com inclinação de apenas 3,1°. Sua rotação é a mais rápida dentre os planetas do Sistema Solar, com dias de 9,93 horas terrestres e translação com duração de 11,86 anos terrestres. 


Clima 

Tempestade em Júpiter:
Grande Mancha Vermelha
A rápida rotação do planeta e o intenso calor do seu interior perturbam a atmosfera gerando  fortes tempestades e furacões que podem durar anos. Compostos de hidrogênio condensam formando nuvens coloridas que se distribuem em faixas em torno do planeta. As faixas mais claras são zonas de gás em ascensão e as faixas escuras são cinturões de gás em queda. 

A marca registrada de Júpiter é uma enorme tempestade conhecida como Grande Mancha Vermelha observada cerca de 300 anos atrás. Essa tempestade muda sempre de tamanho, forma e cor, atualmente seu diâmetro é 16.1 mil quilômetros, muito menor se comparado aos estimados 80 mil quilômetros (cerca de 3 vezes o diâmetro do nosso planeta) em 1880. 

Satélites e anéis 

Campeão em números de satélites naturais, Júpiter tem 67 luas, 50 conhecidas e 17 luas aguardando a confirmação de sua descoberta. As quatro maiores luas de Júpiter são chamadas de satélites galileanos, em homenagem à Galileu Galilei, que apesar de não ter sido o primeiro a observar, foi o primeiro a publicar as observações em 1610. 

Ilustração de Júpiter e os satélites de Galileu: Io, Europa, Ganimedes e Calisto, mundos totalmente distintos. 

Ganimedes é o maior satélite do Sistema Solar com 5.2662 quilômetros de diâmetro, sua crosta gelada tem áreas contrastantes escuras e claras, é a única lua conhecida por ter seu próprio campo magnético gerado internamente. Io é o corpo mais vulcânico do Sistema Solar, sua superfície é sempre renovada por erupções de centenas de vulcões e fissuras. Calisto é uma bola de gelo e rocha com superfície plana. Europa é um pouco menor que a nossa Lua, é o menor dos galileanos, tem uma fina camada de de gelo e água que pode abrigar vida, sua superfície é marcada pela crosta que se quebrou e flutua sobre o gelo. 

A maioria das outras luas são pequenas, com formatos irregulares e orbitam longe do planeta, possivelmente são fragmentos de asteroides. 

Seus anéis nem se comparam aos de Saturno, são estruturas empoeiradas e tênues descobertas apenas em 1970 por uma nave enviada à Júpiter. Provavelmente foram criados pelo pó jogado fora por impactos em pequenas luas. 


Campo magnético 

Foto do Telescópio espacial Hubble.
Aur
ora no planeta Júpiter .
Correntes elétricas na camada de hidrogênio metálico do planeta geram um campo magnético cerca de 20 mil vezes mais forte que o da Terra. Um cinturão de radiação rodeia o planeta, partículas de vento solar são impelidas para a atmosfera em torno dos polos magnéticos que interagem com os gases gerando auroras.  

A imagem ao lado mostra a aurora produzida pelo campo magnético de Júpiter centrada no polo magnético norte do planeta.


Observação 

As maiores Luas de Júpiter
vistas do telescópio 
Meade LX200.
A abundância de hidrogênio dá a Júpiter uma composição mais parecida com o Sol que os demais planetas. Se tivesse cerca de 50% mais de hidrogênio, provavelmente seria uma estrela, mas o planeta não cresce o suficiente para inflamar.  

A distância do planeta Júpiter à Terra é mais que 4 vezes a distância do nosso planeta ao Sol. Mesmo assim, é possível ver a olho nu o planeta que perece uma estrela no céu, na maior parte do tempo é o segundo planeta mais brilhante depois de Vênus. É visível durante toda a noite, levanta-se ao pôr do sol e se põe ao nascer. 


Fontes: Sistema Solar,  WikipediaCiencia-CulturaLivro: Guia Ilustrado Zahar Astronomia (Ian Ridpath).

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