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27 de mar. de 2015

O que aconteceria se a Lua fosse substituída por um buraco negro? Quais seriam os impactos no nosso planeta?


Buraco negro (concepção artística).
Ilustração: 
NASA/JPL-Caltech  [domínio público]

Um buraco negro com a mesma massa Lunar seria tão pequeno que poderia passar por qualquer peneira, seu volume seria o mesmo de um grão de areia fino ou médio.

Se a o invés da Lua tivéssemos um buraco negro com mesma massa e posição que o nosso satélite natural, as marés na Terra não se alterariam. Da mesma forma como acontece hoje com a Lua, o buraco negro lunar teria o papel de estabilizar a órbita do nosso planeta.  

Com a Lua reduzida a um pequeno ponto, o planeta Terra não receberia a luz que hoje ela reflete, o que afetaria todos os tipos de animais de hábitos noturnos. Além disso, a Terra ficaria mais fria por não contar mais com o aquecimento da Lua. Em um balanço geral, a mudança da temperatura no nosso planeta seria pequena ao levarmos em conta que a Lua é de cinco ou seis ordens de magnitude mais fraca que o Sol. Medições mostram que a temperatura global do planeta Terra varia em ciclos de aproximadamente 28 dias, durante a Lua cheia a temperatura é uma pequena fração de grau mais alta que nas outras fases lunares. Porém essa diferença de temperatura é influenciada principalmente pela translação da Lua ao redor da Terra onde a Lua fica mais próxima ao Sol na fase cheia. 

Com a incidência da luz solar na Lua, ela irradia calor em forma de luz infravermelha. Essa energia afeta a temperatura do nosso planeta cerca de 10 vezes mais do que a luz visível da Lua, mas ainda cerca de 10 vezes menos que o efeito da gravidade da Terra se movendo mais perto e mais longe do Sol. Essa radiação infravermelha aquece a Terra cerca de 17°C.

Sem o luar, o planeta esfriaria ligeiramente. Mas, dado o ritmo acelerado em que adicionamos CO2 na atmosfera, poderíamos sentir a diferença de temperatura apenas em um par de semanas.

A radiação Hawking supõe que os buracos negros que perdem mais matéria do que ganham, evaporam, encolhem e consequentemente desaparecem. Se o buraco negro lunar fosse ainda menor, poderia desaparecer pelo efeito da radiação, porém pelo valor da sua massa ele absorveria mais energia do que seria emitida.

Esse buraco negro seria realmente preto. Pelo menos se não absorvesse nada. Os buracos negros emitem radiação ao absorverem os objetos, o redemoinho de matéria aquece à medida que entra no buraco negro, fazendo-o brilhar intensamente. 
 
Não haveria muitos objetos para o buraco negro sugar, ele passaria a maior parte do tempo alterando drasticamente as órbitas de partículas de poeira nas proximidades. Algo como um grão de areia empurrando outros grãos ao seu redor.


Então, por mais fascinante que sejam os buracos negros, trocar a Lua por um seria tão interessante quanto por poeira.


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Fonte: What if?

25 de mar. de 2015

Sonda Dawn: Propulsão iônica e suas vantagens


A sonda Dawn, da NASA, lançada em 2007, chegou a um dos seus destinos: o planeta Ceres, o menor dos planetas anões do Sistema Solar e o maior no cinturão de asteróides entre Marte e Júpiter. Nessa viagem, a sonda percorreu todo o sistema solar para interceptar o asteróide Vesta e agora a órbita de Ceres. A sonda enviou no início de março as primeiras imagens do planeta, e nos próximos meses terá muito trabalho pela frente: cientistas da NASA tentam determinar se a superfície de Ceres esconde uma camada de água congelada. As observações da Dawn devem esclarecer sobre o processo de formação planetária e as condições existentes durante os primeiros dias do sistema solar.

E sabe o que mais chama a atenção nessa missão?

Além de ser a primeira nave espacial a orbitar dois corpos celestes fora do sistema Terra e Lua, essa missão espacial é uma das primeiras a utilizar  um motor de íons eletricamente carregado em vez de foguetes convencionais.

A energia elétrica é usada para criar partículas carregadas de combustível: o gás xenon é acelerado pela eletricidade e grelhas de metal aceleram as partículas de gás para fora do propulsor, que por sua vez, pressionam o propulsor para trás criando uma força de reação que impulsiona a nave espacial. Para conferir outros detalhes, veja o vídeo abaixo: 


Em foguetes convencionais, a velocidade de escape é limitada pela energia química a cerca de 5km/s, bem diferente dos motores de íons que são limitados somente pela energia elétrica disponível na sonda, variando normalmente de 15km/s a 35km/s.

Essa novidade pode proporcionar uma grande economia de combustível , que seria necessário para lançar o satélite por meio de foguetes químicos convencionais, e permitindo o uso de veículos lançadores muito menores. 


Missões desse tipo podem ficar bem mais baratas, visto que o custo de lançar um único quilo de massa na órbita da Terra é em torno de $20.000 (vinte mil dólares americanos). Além disso, a propulsão elétrica pode permitir manobras adicionando novas capacidades ao satélite durante uma missão. O motor iônico deverá impulsionar a próxima geração de naves espaciais.

O conceito de propulsão elétrica é matéria de estudo há muitos anos, mas somente agora os experimentos estão saindo do papel.
Atualmente, todos os projetos de energia elétrica utilizam gás xenon como propulsor, mas cientistas buscam por alternativas mais baratas já que esse gás é extremamente caro e é encontrado em quantidade limitada.

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