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8 de mai. de 2015

Um buraco negro no céu

Imagem: ESO 

Em vez de mostrarem objetos espetaculares, algumas das imagens mais surpreendentes do Universo focam-se no vazio. Esta nova imagem obtida com o telescópio MPG/ESO de 2,2 metros mostra no seu centro tentáculos escuros serpenteando para o exterior de um buraco vazio e escuro do espaço, e particularmente proeminente contra o resto da imagem que se apresenta densa de estrelas brilhantes amarelas e vermelhas.

Na realidade não se trata de um buraco no cosmos nem de um espaço vazio no céu. As regiões escuras são constituídas por poeira espessa e opaca que se encontra entre nós e o campo de estrelas por trás. Esta poeira obscurante faz parte de uma nuvem molecular escura, um objeto que consiste em regiões frias e densas onde enormes quantidades de poeira e gás molecular se misturam e bloqueiam a radiação visível emitida por estrelas mais distantes.

Ainda não é completamente claro como é que estas nuvens se formam, mas pensa-se que sejam as fases muito iniciais da formação estelar -  no futuro, a nuvem que se vê na imagem pode perfeitamente colapsar sobre si própria e dar origem a um novo sistema estelar.

Embora a nuvem nesta imagem seja uma residente relativamente anônima do Universo próximo - catalogada como LDN1774 - um dos exemplos mais famosos de nuvens moleculares é a muito semelhante Barnard 68, que se encontra a cerca de 500 anos-luz de distância. Barnard 68 foi já extensivamente observada pelos telescópios do ESO, tanto no visível (eso9924a) como no infravermelho (eso9934eso0102a). Como se pode ver nestas diferentes imagens, é possível espreitar para além da poeira cósmica escura usando radiação infravermelha, mas observações no visível tais como as mostradas nesta imagem do VLT não enxergam além desta cortina de poeira.

Esta imagem foi obtida pelo Wide Field Imager, um instrumento montado no telescópio MPG/ESO de 2,2 metros em La Silla, no Chile.

Texto e imagem reproduzidos integralmente a partir do site do ESO. 
Todos os direitos reservados ao autor. 
ESO | ARTIGO ORIGINAL |




27 de mar. de 2015

O que aconteceria se a Lua fosse substituída por um buraco negro? Quais seriam os impactos no nosso planeta?


Buraco negro (concepção artística).
Ilustração: 
NASA/JPL-Caltech  [domínio público]

Um buraco negro com a mesma massa Lunar seria tão pequeno que poderia passar por qualquer peneira, seu volume seria o mesmo de um grão de areia fino ou médio.

Se a o invés da Lua tivéssemos um buraco negro com mesma massa e posição que o nosso satélite natural, as marés na Terra não se alterariam. Da mesma forma como acontece hoje com a Lua, o buraco negro lunar teria o papel de estabilizar a órbita do nosso planeta.  

Com a Lua reduzida a um pequeno ponto, o planeta Terra não receberia a luz que hoje ela reflete, o que afetaria todos os tipos de animais de hábitos noturnos. Além disso, a Terra ficaria mais fria por não contar mais com o aquecimento da Lua. Em um balanço geral, a mudança da temperatura no nosso planeta seria pequena ao levarmos em conta que a Lua é de cinco ou seis ordens de magnitude mais fraca que o Sol. Medições mostram que a temperatura global do planeta Terra varia em ciclos de aproximadamente 28 dias, durante a Lua cheia a temperatura é uma pequena fração de grau mais alta que nas outras fases lunares. Porém essa diferença de temperatura é influenciada principalmente pela translação da Lua ao redor da Terra onde a Lua fica mais próxima ao Sol na fase cheia. 

Com a incidência da luz solar na Lua, ela irradia calor em forma de luz infravermelha. Essa energia afeta a temperatura do nosso planeta cerca de 10 vezes mais do que a luz visível da Lua, mas ainda cerca de 10 vezes menos que o efeito da gravidade da Terra se movendo mais perto e mais longe do Sol. Essa radiação infravermelha aquece a Terra cerca de 17°C.

Sem o luar, o planeta esfriaria ligeiramente. Mas, dado o ritmo acelerado em que adicionamos CO2 na atmosfera, poderíamos sentir a diferença de temperatura apenas em um par de semanas.

A radiação Hawking supõe que os buracos negros que perdem mais matéria do que ganham, evaporam, encolhem e consequentemente desaparecem. Se o buraco negro lunar fosse ainda menor, poderia desaparecer pelo efeito da radiação, porém pelo valor da sua massa ele absorveria mais energia do que seria emitida.

Esse buraco negro seria realmente preto. Pelo menos se não absorvesse nada. Os buracos negros emitem radiação ao absorverem os objetos, o redemoinho de matéria aquece à medida que entra no buraco negro, fazendo-o brilhar intensamente. 
 
Não haveria muitos objetos para o buraco negro sugar, ele passaria a maior parte do tempo alterando drasticamente as órbitas de partículas de poeira nas proximidades. Algo como um grão de areia empurrando outros grãos ao seu redor.


Então, por mais fascinante que sejam os buracos negros, trocar a Lua por um seria tão interessante quanto por poeira.


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Fonte: What if?

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