5 de jun. de 2015

Nasa descobre galáxia mais luminosa do Universo


No final do mês de maio, a NASA divulgou a descoberta da galáxia WISE J224607.57-052635.0. Seu nome já é uma menção ao telescópio espacial WISE usado para encontrá-la.

Concepção da galáxia WISE J224607.57-052635.0, a mais luminosa encontrada no Universo. 

A remota galáxia é até agora a mais luminosa já descoberta, com brilho equivalente a 300.000.000 vezes a luz do Sol. A galáxia é menor do que a Via Láctea, mas põe para fora 10 mil vezes mais energiaEla pertence a uma nova classe de objetos recentemente descobertos pelo WISE: galáxias infravermelhas extremamente luminosas ou ELIRGs, formado por 209 galáxias muito brilhantes.

Cientistas acreditam que exista um buraco negro supermassivo no centro da galáxia empanturrando-se de gás e poeira. O provável buraco negro armazenaria essa matéria em discos que ao atingirem altíssimas temperaturas liberam a energia com ultravioletas e raios-X. A luz é bloqueada por “casulos” de poeira e à medida que essa poeira se aquece, a galáxia irradia luz infravermelha.

Mais de 99 por cento da luz que escapa dessa galáxia é infravermelha, dificultando sua visualização por um telescópio óptico. Astrônomos vêem a galáxia como ela era a 12,5 bilhões de anos, já que a luz demorou todo esse tempo para chegar até aqui.

É comum imensos buracos negros no centro das galáxias, mas cientistas não imaginavam encontrar um assim tão longe. Um novo estudo aponta três razões que explicam por que os buracos negros nos ELIRGs devem ser tão maciços.

A primeira delas é que os buracos negros podem ter nascido maiores do que imaginávamos.

As outras duas hipóteses giram em torno da quebra do limite de Eddington, que explica o alcance máximo de objetos para um buraco negro.

Quebrando esse limite, o buraco negro pode aumentar de tamanho a uma velocidade muito alta. Para o estudo, o buraco negro no centro das galáxias ELIRGs quebraria esse limite repetidamente até atingir seu tamanho.

Outra maneira para explicar um buraco negro tão grande, seria o consumo mais rápido do que pensou ser possível de objetos a sua volta. Isso aconteceria se o buraco negro não girasse tão rápido.

Mais pesquisas são necessárias para resolver este enigma dessas galáxias deslumbrantemente luminosas.

O JPL(Jet Propulsion Laboratory) administra e opera o WISE. O telescópio espacial foi colocado em modo de hibernação em 2011, depois de examinar o céu inteiro duas vezes, completando seu principal objetivo. Em setembro de 2013, WISE foi reativado, rebatizado Neowise e atribuído a uma nova missão para ajudar os esforços da NASA para identificar potencialmente perigosos objetos próximos da Terra. 




Fonte: JPLRT

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