Desde muito novos fomos apresentados a um objeto grande e muito brilhante no céu que os nossos ancestrais já chamavam de Lua. A Lua, que desperta forte admiração desde os astrônomos até os bons amantes, símbolo de músicas e poesias, desde milhares de anos. Todos nós a conhecemos e já nos pegamos alguma vez admirando sua beleza no céu noturno.
Mas quando falamos na existência
de uma segunda Lua, é de se estranhar não é mesmo? Mas não se assuste, essa história
de “segunda Lua” era desconhecida até mesmo pelos astrônomos até pouco tempo.
O que acontece é o seguinte: por
uma definição mais científica, definimos a Lua como “satélite natural da Terra”.
E recentemente, em 1997, outro objeto, que foi definido como “satélite quasi-orbital
da Terra” e recebeu o nome Cruithne 3753, foi descoberto pelos astrônomos. O
termo “quasi-orbital” significa que ele não gira em torno da Terra em uma bela
elipse, da mesma forma que a lua, ou mesmo os satélites artificiais que estão
na nossa órbita.
Cruithne leva cerca de 364 dias
para dar uma volta ao redor do Sol, quase o mesmo que a Terra - é por isso que
ele parece seguir a Terra e também por isso que ele foi chamado poeticamente
(mas tecnicamente incorretamente) de nossa "segunda lua."
Em primeiro lugar, uma rápida
explicação do por que Cruithne não é realmente uma lua, em seguida, uma
explicação do por que muitos se recusam a aceitar esse fato. Não é uma lua, porque,
bem, é um asteroide. Cruithne orbita o Sol, e não a Terra, e seu padrão orbital
definitivamente não está ligado à Terra.
De maneira nenhuma Cruithne se caracteriza como um corpo secundário orbitando a Terra - então por que é tão frequentemente referido dessa maneira?
Na imagem, a Lua à esquerda, a Terra ao centro e Cruithne à direita. A imagem é do portal Discovery, que nomeou Cruithne o "parceiro de dança orbital da Terra". |
De maneira nenhuma Cruithne se caracteriza como um corpo secundário orbitando a Terra - então por que é tão frequentemente referido dessa maneira?
O fato de seu período orbital ser
bem semelhante ao da Terra faz com que a tendência seja que esse pequeno corpo
celeste se mova em conjunto com a Terra por longos anos, isso faz alguns
insistirem em caracterizá-lo como a nossa “segunda Lua.”
A órbita de Cruithne se diferencia muito da
Terra em seu formato, não é nem um pouco regular. Veja o vídeo abaixo, que
oferece uma ótima visibilidade da órbita do asteroide. Visto desta perspectiva,
fica mais fácil de perceber que o corpo não pode ser caracterizado com uma
segunda Lua.
Ainda que Cruithne não seja a tão
falada segunda lua da Terra, faz parte de uma grande série de objetos que são
importantes para os estudos espaciais, conhecer os corpos que orbitam próximos
a nós e suas características pode ser o início de muitas explorações futuras.
Quem sabe, Cruithne possa, assim como a Lua, um dia ser visitado por nossos
astronautas? Seria, sem dúvidas, uma grande conquista para o mundo da Astronomia.
Bacana, não acham?
Bacana, não acham?
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