6 de dez. de 2011

Missão Kepler da NASA confirma seu primeiro planeta na zona habitável de estrela semelhante ao Sol.

Traduzido direto do site da NASA, por Fabio Rodrigues

Missão Kepler da NASA confirmou seu primeiro planeta na "zona habitável", a região onde pode existir água líquida na superfície do planeta. Kepler também descobriu mais de 1000 novos candidatos planetas, quase dobrando a contagem anterior. Dez desses novos planetas são de tamanho próximo ao da Terra, e orbitam a zona
habitável de suas respectivas estralas. Candidatos requerem observações contínuas para verificar se são de fato planetas.

O novo planeta confirmado, Kepler 22b, é o menor planeta já encontrado a orbitar no meio da
zona habitável de uma estrela semelhante ao Sol. O planeta tem raio cerca de 2,4 vezes maior que o da Terra.

Os cientistas ainda não sabem se Kepler 22b tem uma composição predominantemente rochosa, gasosa ou líquida, mas sua descoberta nos deixa um passo mais próximo de encontrar planetas semelhantes à Terra.




Pesquisas anteriores deram a dica da existência de planetas de tamanho semelhante ao da Terra em zonas habitáveis, mas confirmação clara se mostrou difícil de alcançar. Dois outros pequenos planetas orbitando estrelas menores e mais frias que o nosso Sol foram recentemente confirmados nas beiradas da zona habitável, com orbitas lembrando aproximadamente aquelas de Vênus e Marte. "Este é um grande marco na estrada para encontrar o irmão gêmeo da Terra", disse Douglas Hudgins, cientista do programa Kepler, no quartel general da NASA em Washington. "Os resultados do Kepler continuam a demonstrar a importância das missões científicas da NASA, que visam responder algumas das maiores questões sobre o nosso lugar no Universo". Kepler descobre planetas e candidatos a planetas medindo pequenas reduções no brilho de mais de 150000 estrelas na busca por planetas que cruzam em frente, ou "transitam" as estrelas. Kepler requer ao menos três trânsitos para verificar um sinal como um planeta.


"A sorte sorriu para nós na detecção deste planeta", disse William Borucki, principal investigador do Kepler, que lidera a equipe que descobriu Kepler 22b. "O primeiro trânsito foi capturado apenas três dias depois de declararmos o telescópio espacial operacionalmente pronto. Nós testemunhamos o confirmador terceiro trânsito durante o verão de 2010" (N.T. americano).

O time de cientistas do Kepler usar telescópios baseados em terra e o Telescópio Espacial Spitzer para rever observações sobre candidatos a planetas que os dispositivos espaciais encontram. O campo estelar que o Kepler observa nas constelações de Cisne e Lira só pode ser visto dos observatórios baseados em terra na primavera (N.T. americana). Os dados destas outras observações ajudam a determinar quais candidatos podem ser validados como planetas.


Kepler 22b está localizado a 600 anos-luz de distância. Enquanto o planeta é maior do que a Terra, sua órbita de 290 dias ao redor de uma estrela semelhante ao Sol lembra a do nosso próprio mundo. A estrela de Kepler 22b pertence à mesma classe do nosso Sol, chamada tipo-G, embora seja um pouco menor e mais fria.

Dos 54 candidatos a planetas em zonas habitáveis reportados em fevereiro de 2011, Kepler 22b é o primeiro a ser confirmado. Este resultado será publicado no "The Astrophysical Journal".

A equipe do Kepler está hospedando sua conferência científica inaugural no Ames, de 5 a 9 de dezembro, anunciando 1094 novas descobertas de candidatos a planetas. Desde a liberação do último catálogo em fevereiro, o número de candidatos a planetas identificados pelo Kepler aumentou em 89% e agora totaliza 2326. Destes, 207 são aproximadamente do tamanho da Terra, 680 são do tamanho "super Terra", 1181 são do tamanho de Netuno, 203 do tamanho de Júpiter e 55 são maiores do que Júpiter.

As descobertas, baseadas nas observações conduzidas entre maio de 2009 e setembro de 2010, mostram um aumento dramático no número de candidatos a planetas de tamanho pequeno.

Kepler observou muitos planetas grandes em órbitas pequenas no início de sua missão, o que foi refletido nos dados liberados em fevereiro. Tendo tido mais tempo para observar três trânsitos de planetas com períodos orbitais mais longos, os novos dados sugerem que planetas com o tamanho de 1 a 4 vezes o tamanho da Terra podem ser abundantes na Galáxia.

O número de candidatos do tamanho da Terra e do tamanho "super Terra" aumentou em mais de 200% e 14o% desde fevereiro, respectivamente.

Existem 48 candidatos a planetas nas zonas habitáveis de suas estrelas. Apenas de isto ser um decréscimo em relação aos 54 reportados em fevereiro, a equipe do Kepler tem aplicado uma definição mais restrita do que constitui uma zona habitável no novo catálogo, para levar em consideração o efeito estufa das atmosferas, o qual pode mover a zona para mais longe da estrela, para períodos orbitais mais longos.

"O tremendo crescimento no número de candidatos do tamanho da Terra nos diz que nós estamos avançando em direção aos planetas que Kepler foi desenvolvido para detectar: aqueles que não são apenas do tamanho semelhante ao da Terra, mas também potencialmente habitável", disse Natalie Batalha, procuradora do líder da equipe de cientistas do Kepler. "Quanto mais dados nós coletamos, mais afiados ficam nossos olhos para encontrar os menores planetas em longos períodos orbitais"

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Um comentário:

  1. o ser humano mal ja acabou com um planeta para ir destruir outro -.-'

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