13 de nov. de 2011

Estudo descobre nuvens formadas pelos primeiros gases do Universo


Astrônomos encontraram pela primeira vez nuvens formadas pelos primeiros gases que se formaram no Universo. A teoria do Big Bang diz que, assim que aconteceu a explosão, somente o hidrogênio e o hélio, elementos mais leves da tabela periódia, foram formados.

Centenas de milhões de anos se passaram até que esses gases se condensassem e dessem origem às primeiras estrelas. Até agora, nunca havia sido encontrado nada no Universo que não fosse formado por “metais”, que é como os astrônomos se referem a todos os demais elementos.

“Por mais que tentássemos encontrar material puro no Universo, tínhamos fracassado até agora. É a primeira vez que vemos gás puro, não contaminado por elementos mais pesados, das estrelas”, afirma Jason Xavier Prochaska, da Universidade da Califórnia, em Santa Cruz, um dos coautores do estudo publicado na edição desta quinta-feira da “Science”.

“A ausência de metais nos mostra que esse gás é puro”, diz Michele Fumagalli, aluno de Prochaska e autor principal da pesquisa. “É bem empolgante, porque é a primeira evidência que coincide completamente com o gás primordial previso pela teoria do Big Bang”, completa.

As duas nuvens do chamado gás puro foram detectadas pelo telescópio Keck, no Havaí, com a análise da luz emitida por um quasar – quasares são núcleos de galáxias muito brilhantes e distantes da Terra.

“Conseguimos ver as linhas de absorção no espectro onde a luz foi absorvida pelo gás, e isso nos permite medir a composição do gás”, explica Fumagalli.Justificar

As primeiras estrelas
Em outro estudo publicado na mesma edição da “Science”, a equipe de Takashi Hosokawa, do Laboratório de Propulsão de Jatos (JPL) da Nasa, concluiu que as primeiras estrelas não eram nem de perto tão grandes quanto se pensava.

Até agora, a teoria mais aceita dizia que as primeiras estrelas teriam sido as maiores da história, centenas de vezes maiores que o Sol. A nova pesquisa mostra que a massa delas era “apenas” dezenas de vezes superior.

A pesquisa foi feita com um programa de computador que “cresceu” as estrelas simulando as condições do Universo em suas origens.


Fonte: G1 Notícias


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