Centenas de milhões de anos se passaram até que esses gases se condensassem e dessem origem às primeiras estrelas. Até agora, nunca havia sido encontrado nada no Universo que não fosse formado por “metais”, que é como os astrônomos se referem a todos os demais elementos.
“A ausência de metais nos mostra que esse gás é puro”, diz Michele Fumagalli, aluno de Prochaska e autor principal da pesquisa. “É bem empolgante, porque é a primeira evidência que coincide completamente com o gás primordial previso pela teoria do Big Bang”, completa.
As duas nuvens do chamado gás puro foram detectadas pelo telescópio Keck, no Havaí, com a análise da luz emitida por um quasar – quasares são núcleos de galáxias muito brilhantes e distantes da Terra.
“Conseguimos ver as linhas de absorção no espectro onde a luz foi absorvida pelo gás, e isso nos permite medir a composição do gás”, explica Fumagalli.
As primeiras estrelas
Em outro estudo publicado na mesma edição da “Science”, a equipe de Takashi Hosokawa, do Laboratório de Propulsão de Jatos (JPL) da Nasa, concluiu que as primeiras estrelas não eram nem de perto tão grandes quanto se pensava.
Até agora, a teoria mais aceita dizia que as primeiras estrelas teriam sido as maiores da história, centenas de vezes maiores que o Sol. A nova pesquisa mostra que a massa delas era “apenas” dezenas de vezes superior.
A pesquisa foi feita com um programa de computador que “cresceu” as estrelas simulando as condições do Universo em suas origens.
Fonte: G1 Notícias
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